Monitoramento sorológico de novos casos de leishmaniose visceral canina e avaliação da fauna flebotomínica na Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carmo, Livia Aparecida Lopes do
Orientador(a): Figueiredo, Fabiano Borges
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24494
Resumo: A leishmaniose visceral americana (LVA) no Brasil é causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) chagasi. O principal vetor do parasito é o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, e o reservatório nos ambientes domiciliar e peridomiciliar é o cão, e ambos contribuem para a manutenção do ciclo da doença. Para o diagnóstico da leishmaniose deve ser considerada a associação entre dados clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. A leishmaniose visceral canina (LVC) apresenta-se clinicamente de maneiras variadas. O diagnóstico laboratorial inclui métodos parasitológicos com identificação microscópica direta e isolamento do parasita, métodos moleculares, e testes sorológicos como a imunofluorescência indireta (IFI), o ensaio imunoenzimático (ELISA) e o teste imunocromatográfico rápido (DPP). Para o diagnóstico laboratorial da LVC, o Ministério da Saúde preconiza a técnica de ELISA para triagem e a IFI para a confirmação dos casos. O presente estudo teve como objetivo reavaliar a prevalência da LVC em 2012 e identificar a fauna flebotomínica, na Ilha da Marambaia, município de Mangaratiba, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Para a avaliação sorológica foram empregadas as técnicas IFI, ELISA e DPP. Para levantamento da fauna flebotomínica foram realizadas capturas por armadilhas tipo HP. O censo canino totalizou 116 cães, sendo identificados 17 cães positivos, uma prevalência de 14,65%. Um total de 2.524 espécimes foram capturados no período de abril a novembro de 2012. Foram encontradas nove espécies de flebotomíneos: Lutzomyia longipalpis, Nyssomyia intermédia, Migoneimyia migonei, Pintomyia fischeri, Evandromyia edwardsi, Micropygomyia capixaba, Pintomyia bianchigalatiae, Micropygomyia schreiberi e Bruptomyia sp.. A confirmação de 17 (14,65%) cães soropositivos para LVC na Ilha da Marambaia no ano 2012, ao compararmos com a prevalência encontrada em 2009 que foi de 15%, demonstra a manutenção da prevalência da infecção na região, mesmo com a remoção de grande parte dos cães sororreatores diagnosticados em 2009. Na avaliação da fauna flebotomínica foi encontrada uma baixa densidade de L. longipalpis na região, o que pode explicar o não encontro de casos humanos de LV. Os resultados nos mostraram que a prevalência da LVC não foi alterada.