Análise sociorretórica do gênero portaria do século XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Ygor Braga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107527
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente pesquisa objetivou a análise e construção de uma organização sociorretórica do gênero portaria do século XVIII. Para isso, esse trabalho revestiu-se, primeiramente, da junção entre duas áreas tidas muitas vezes como antagônicas: a Filologia, cujo objetivo maior concentra-se no resgate de textos pertencentes ao passado histórico e suas ligações com o resgate da língua, aliando-a com a história, a sociedade e a cultura de uma época, conforme os conceitos de Basseto (2005); e a Linguística Moderna, em especial os estudos acerca da natureza e construção dos gêneros textuais, destacando-se a perspectiva sociorretórica de caráter etnográfico, baseada nos estudos de Swales (1990, 1992, 1998, 2003) e Bhatia (1993). Para essa junção, em primeiro lugar, adotou-se o percurso metodológico sugerido por Ximenes (2009), que consiste no resgate de textos por meio de edição semidiplomática e estudo de algum fenômeno linguístico ou extralinguístico presente naquele texto. Para isso, constituiu-se um corpus formado por 15 textos do gênero portaria, originalmente produzidas na antiga capitania do Ceará, no século XVIII, encontradas no Arquivo Público do Estado do Ceará – APEC-, que foram editadas - conforme as normas do grupo Prática de Edição de Textos do Estado do Ceará - PRAETECE. Em segundo lugar, submeteu-se esse corpus a uma teoria moderna de gêneros textuais, no caso a perspectiva de análise de orientação etnográfica, em que as portarias foram analisadas a partir da aplicação de alguns conceitos caros à teoria de Swales, como a comunidade discursiva, o gênero e o repropósito, além do modelo de análise CARS – Create a Research Space - que permitiu o reconhecimento de unidades e subunidades retóricas presentes nas portarias analisadas. Após os conceitos aplicados ao corpus, chegou-se à construção de um modelo sociorretórico do gênero portaria do século XVIII, cuja organização reflete o contexto político-administrativo do período colonial brasileiro, em especial a capitania do Ceará.</span></font></div>