Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Damião Cândido de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=14932
|
Resumo: |
<i style="font-family: Arial, Verdana; font-size: 10pt; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: normal;">Racionalidade e Práxis Comunicativa em Jurgen Habermas</i><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">. Pretendemos perpassar o panorama percorrido por Habermas para perceber os pontos fundamentais da teoria da </span><span style="font-size: 13.3333px;">ação</span><span style="font-size: 10pt;"> comunicativa e como esta serve de </span><span style="font-size: 13.3333px;">justificação</span><span style="font-size: 10pt;"> para a </span><span style="font-size: 13.3333px;">ética</span><span style="font-size: 10pt;"> do discurso. Focalizamos como ponto de partida a abordagem que Habermas faz sobre a crítica ao pensamento metafísico da </span><span style="font-size: 13.3333px;">Tradição</span><span style="font-size: 10pt;">, passando pelo nominalismo, pela filosofia da </span><span style="font-size: 13.3333px;">consciência</span><span style="font-size: 10pt;"> e pelas </span><span style="font-size: 13.3333px;">ciências</span><span style="font-size: 10pt;"> </span><span style="font-size: 13.3333px;">empírico</span><span style="font-size: 10pt;">-</span><span style="font-size: 13.3333px;">analíticas</span><span style="font-size: 10pt;">, apresentando as razões que levaram a racionalidade filosófica a uma desestruturação. Questiona-se a </span><span style="font-size: 13.3333px;">precedência</span><span style="font-size: 10pt;"> da </span><span style="font-size: 13.3333px;">reflexão</span><span style="font-size: 10pt;"> racional </span><span style="font-size: 13.3333px;">filosófica</span><span style="font-size: 10pt;"> frente a realidade </span><span style="font-size: 13.3333px;">empírica</span><span style="font-size: 10pt;">. A racionalidade que parte de um princípio para pensar a totalidade é desqualificada diante de contextos plurais e diversificados e da multiplicidade das formas de vida, onde prevalece o individualismo e as </span><span style="font-size: 13.3333px;">relações</span><span style="font-size: 10pt;"> situam-se em nível de sujeito-objeto. Este contexto abre a perspectiva de Habermas para uma </span><span style="font-size: 13.3333px;">necessária</span><span style="font-size: 10pt;"> mudança de paradigma, do centrado no sujeito para o da linguagem. Ele encontra no mundo da vida um lugar fecundado para sua filosofia, considerando-o como uma totalidade pré-teórica, cujo saber, que promove o entendimento consensual, encontra-se </span><span style="font-size: 13.3333px;">implícito</span><span style="font-size: 10pt;">. Assim, para Habermas, a função da filosofia é tornar explícito esse saber numa unidade da razão, considerando a linguagem a instância possibilitadora dessa unidade, uma vez que ela rompe a dicotomia entre universalidade e particularidade e, encontra-se em suas pressuposições universais os contextos concretos dos jogos de linguagem e das instituições da vida humana. Portanto, a peculiaridade do pensamento de Habermas é a conservação dialética da individualidade, pois se, por um lado, se busca entendimento entre os falantes na perspectiva de uma socialização, por outro lado, as diferenças das perspectivas dos falantes são condições pressupostas irrevogáveis para o agir voltado ao entendimento. A postura racional, agora, se configura a partir da responsabilidade dos falantes/ouvintes em conduzir seus atos ao entendimento consensual, isto é, devem ser capazes de orientar sua ação por pretensões de validez intersubjetivamente reconhecidas. Quanto melhor puderem fundamentar as pretensões de validade, maior o caráter de racionalidade. Assim, para se chegar a um consenso válido é necessário, discursivamente, legitimar as pretensões de validez, por meio de argumentos, ou seja, enunciar a verdade. Esse conceito de verdade se liga ao sentido de racionalidade, que no pensamento de Habermas está ligado a quatro classes de pretensões de validez: inteligibilidade, verdade, retitude e veracidade. A ação comunicativa se dá na medida em que essas pretensões de validez são tidas a partir da razão, ou seja, são proferidas sem qualquer tipo de coação externa à racionalidade. A ética que daí decorre é aquela que se fundamenta em normas linguisticamente justificadas. Assim, para a validade de uma norma é necessário que todos os concernidos por ela possam chegar reflexivamente ao entendimento de sua validez. É o que Habermas chama de princípio ético-dicursivo.</span></font> |