Turismo e paisagem cultural: para pensar o transfronteiriço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costa, Luciana de Castro Neves
Orientador(a): Gastal, Susana de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/635
Resumo: A análise empreendida nesta pesquisa parte da percepção da necessidade de estudos mais aprofundados em relação às áreas de fronteira brasileiras, no que tange ao turismo, em especial na sua dimensão cultural e simbólica. Além dos desdobramentos políticos e das construções de sentido acerca das fronteiras, acentuados pelo processo de globalização, despontam novas concepções de patrimônio, ampliando seu entendimento e diversificando os instrumentos de proteção. No presente caso, o estudo centra-se na nova categoria de bem patrimonial Paisagem Cultural Brasileira, que enfatiza a inter-relação e interdependência mútua da ação humana e das características físicas do espaço na configuração especifica de determinada paisagem. Nesses termos, esta investigação apresenta como principal objetivo analisar a possibilidade da nova proposta de bem patrimonial Paisagem Cultural Brasileira dar conta da complexidade da condição limítrofe que permeia os relacionamentos que se processam nos espaços de fronteira, especificamente na fronteira entre Brasil e Uruguai. A investigação se desenvolve nas cidades de Jaguarão (Estado do Rio Grande do Sul, Brasil) e Rio Branco (Departamento de Cerro Largo, Uruguai), buscando compreender a dimensão cultural em um espaço ambíguo de separação-contato condicionado pelo rio Jaguarão e pela Ponte Internacional Barão de Mauá. Adota-se como base de sustentação metodológica o Pensamento Complexo, conforme proposto por Edgar Morin, e como técnicas de pesquisa a prática etnográfica e a pesquisa bibliográfica e documental. A investigação indica que tanto o rio Jaguarão quanto a Ponte Internacional Barão de Mauá, em sua dinâmica de complementaridade, articulam a condição fronteiriça física e simbolicamente, bem como os múltiplos limites que se estabelecem entre os sujeitos de Jaguarão e Rio Branco, delineando contornos que os aproximam da ótica da nova categoria de bem patrimonial nacional, Paisagem Cultural, e contribuindo, nessa ótica, para o estímulo à valorização do patrimônio em uma perspectiva transfronteiriça.