Consciência fonológica em língua estrangeira : um estudo acerca do processo de aquisição de espanhol por falantes brasileiros
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/554 |
Resumo: | Com base nos pressupostos teóricos das áreas de Consciência Fonológica e de Aquisição de Língua Estrangeira, nesta pesquisa, pretende-se investigar se falantes brasileiros, crianças e adultos, aprendizes de espanhol como língua estrangeira, são capazes de reconhecer diferenças entre os pares de sons /s/ - /z/; /l/ - /w/ e /R/ - /r/, quando apresentados em variados contextos. A hipótese da qual parte este trabalho é de que quanto maior for a exposição do aprendiz aos padrões fonológicos e fonéticos da língua-alvo, maior deve ser o sucesso na percepção de aspectos fonológicos (BEST; TYLER, 2007; FLEGE, 1995). Assim sendo, selecionou-se um grupo de doze informantes, seis crianças e seis adultos, todos com nacionalidade brasileira. Com o intuito de investigar se esses sujeitos seriam capazes de reconhecer diferenças entre os referidos pares de sons, desenvolveram-se dois testes de percepção. O Teste 1 abarcou o reconhecimento de frases (produzidas em uma única língua ou mescladas); já o Teste 2, esse envolveu a discriminação de sons em pares de palavras, seguido por uma tarefa de identificação do idioma (espanhol ou português). A seguir, realizou-se uma entrevista com cada informante, a fim de verificar se esse seria capaz de justificar suas respostas. Para a realização da análise estatística, utilizou-se o programa SPSS, versão 21.0. Com relação à análise qualitativa, realizou-se uma adaptação dos níveis de representação mental propostos por Karmiloff-Smith (1992), com base no modelo de Redescrição Representacional. Em resumo, o referido estudo partiu do pressuposto de que falantes nativos do português, quando expostos ao ensino formal do espanhol, costumam encontrar dificuldade para reconhecer as diferenças entre as possibilidades fonológicas e alofônicas de ambas as línguas, o que pode tornar mais complexa a consciência do funcionamento de suas classes de segmentos (COSTA, 2013; GOMES, 2013; MIRANDA, 2001; QUILIS, 1985; SILVEIRA E SOUZA, 2011). Levando em consideração essas questões, este trabalho justifica-se mediante a necessidade de se desenvolver estudos que abarquem níveis de consciência fonológica, níveis de representação mental e a sua relação com o processo de aquisição de uma língua estrangeira, visto que se o professor souber identificar os níveis de representação mental e de consciência fonológica que seus alunos tendem a apresentar na língua meta, terá maiores possibilidades de adotar procedimentos adequados às necessidades desses discentes, podendo, assim, auxiliá-los em sua aprendizagem. A análise estatística evidenciou, majoritariamente, não haver diferença significativa no desempenho dos informantes no que tange aos testes 1 e 2, ao grupo ao qual eles pertenciam (crianças e adultos) e, tampouco, aos níveis de estudo da língua nos quais esses se encontravam (nível básico e pré-intermediário). Quanto ao nível de Consciência Fonológica, pode-se dizer que os sujeitos investigados foram capazes de reconhecer as diferenças entre os sons-alvo e de identificar a que língua esses sons pertenciam. |