Consciência morfológica em crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização :produção e reconhecimento de morfemas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Borges, Veridiana P
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Letras#
#8902948520591898764#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/464
Resumo: O foco da presente pesquisa foi a Consciência Morfológica, que é a capacidade de refletir sobre os morfemas da língua. Foi analisada a Consciência Morfológica em crianças não alfabetizadas e em processo de alfabetização, a partir de palavras em cuja estrutura estão presentes especialmente os sufixos derivacionais -eiro, -ista, -or, o sufixo flexional de gênero e os prefixos des- e re-. Centrado nas capacidades de produção e de reconhecimento de morfemas, o estudo integrou a aplicação de tarefas, divididas nesses dois grandes eixos: quatro foram as tarefas de produção de morfemas (Tarefa de Produção de Família Lexical, Tarefa de Produção de Palavras com Sufixos Agentivos, Tarefa de Produção de Morfema Flexional de Gênero com Pseudovocábulos, Tarefa de Produção de Prefixos) e quatro foram as tarefas de reconhecimento de morfemas (Tarefa de Reconhecimento de Morfema-Base, Tarefa de Reconhecimento de Sufixos Agentivos, Tarefa de Reconhecimento de Morfema Flexional de Gênero, Tarefa de Reconhecimento de Pseudovocábulos). Outros afixos também passaram a fazer parte da análise, como os sufixos -inho e -ão, em razão de respostas a questões abertas presentes nas tarefas propostas. O corpus foi obtido por meio de entrevistas com 16 crianças, sendo 8 do sexo masculino e 8 do sexo feminino, divididas em dois grupos: Grupo 1 – crianças não alfabetizadas, com idade entre 4 e 5 anos; Grupo 2 – crianças em processo de alfabetização, com idade entre 6 e 7 anos. Os resultados mostraram o crescimento gradual da Consciência Morfológica à medida que aumenta a idade das crianças e o contato com o processo de alfabetização, embora já se mostre presente desde a primeira faixa etária que integrou o estudo. As crianças obtiveram maior sucesso nas tarefas de reconhecimento de morfemas do que nas de produção, e os dados mostraram que a consciência de prefixos se apresentou mais complexa do que a de sufixos da língua, sendo, portanto, a aquisição da derivação sufixal mais precoce do que a prefixal. Os dados também apontaram níveis de marcação entre os sufixos e os prefixos que foram objeto de análise, assim como níveis de Consciência Morfológica, mostrando-se a maior complexidade na segmentação de morfemas.