Cognitive differences between monolinguals and bi/multilinguals: executive functions boosted by code-switching?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Lizandra Rutkoski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Letras
BR
Ucpel
Mestrado em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/284
Resumo: A experiência bilíngue de troca de código o uso de uma outra língua no decorrer de uma conversação exige um maior controle executivo e atencional do que o exigido de monolíngues, e parece espraiar-se para outros domínios cognitivos não linguísticos. Os estudos sobre bilinguismo têm mostrado que bilíngues tendem a ter um melhor desempenho do que monolíngues em tarefas de interferência não linguística que medem diferentes funções executivas (FES) (processos mentais responsáveis pela regulação, controle e gestão de outros processos cognitivos, tais como inibição, atenção, resolução de problemas, etc.). No entanto, pesquisas recentes têm mostrado que bilíngues tendem a apresentar uma vantagem mais robusta em tempos de reação (TRs) globais, ao invés de uma vantagem na magnitude do efeito de interferência. Independentemente de sua natureza, a chamada vantagem bilíngue já foi encontrada em diferentes grupos etários e entre diferentes tipos de bilíngues (e.g., Bialystok et al., 2004; Bialystok et al., 2005; Costa et al., 2008; Martin-Rhee & Bialystok, 2008), porém, às vezes, nenhuma vantagem bilíngue é de fato encontrada. O presente estudo tem o objetivo de replicar alguns dos experimentos já conduzidos com outras populações de participantes bilíngues e monolíngues quanto às FEs controle inibitório (Bialystok et al., 2004) e redes de atenção (Costa et al., 2008). Para isso, entrevistei e testei 40 executivos(as) de meia-idade (20 bilíngues idade média 48,1 e 20 monolíngues idade média 47,2) em duas tarefas de interferência não linguística: a tarefa Simon (Simon & Wolf, 1963), e a tarefa de rede atencional (ANT na sigla em inglês) (Fan et al., 2002). Executivos(as) enfrentam, naturalmente, uma alta demanda cognitiva em suas vidas diárias, tendo que constantemente resolver problemas que requerem decisões administrativas e financeiras, as quais envolvem muita responsabilidade e muitas pessoas, independentemente do produto ou serviço vendido ou oferecido pela empresa. Dessa forma, sua atividade profissional poderia fortalecer suas habilidades de controle inibitório e de resolução de problemas, o que poderia competir com as vantagens cognitivas advindas do bilinguismo. Em função disso, incluí um grupo controle que tem uma atividade profissional diferente, composto de 38 professores(as) de meia-idade (19 bilíngues idade média 46,6 e 19 monolíngues idade média 46,2), a fim de serem comparados aos executivos(as) na tarefa Simon. É importante ressaltar que nenhum estudo anterior investigou essas duas populações com esses mesmos propósitos. Além disso, percebi que há poucos estudos sobre os efeitos do bilinguismo quanto a adultos de meia-idade no que se refere a essas FEs, se comparados ao número de estudos e achados a respeito da vantagem bilíngue relativa a outros grupos etários. Os resultados obtidos com os(as) executivos(as) em ambas as tarefas não mostraram quaisquer vantagens bilíngues, seja no efeito de interferência ou em TRs globais. No entanto, não posso atribuir a ausência de uma vantagem bilíngue à variável Profissão como concorrente do bilinguismo, já que o grupo controle apresentou desempenho equivalente por parte de bilíngues e monolíngues na tarefa