Vantagens bilíngues? Um estudo sobre as diferenças nas funções executivas - controle inibitório e atenção entre monolíngues e biblíngues
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Letras BR Ucpel Doutorado em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/377 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo principal investigar as diferenças cognitivas, mais especificamente as funções executivas: memória, controle inibitório e atenção, em monolíngues e bilíngues, em dois momentos diferentes. O primeiro momento aconteceu em 2008 quando, para a Dissertação de Mestrado (2010), estudaram-se estas mesmas questões, com crianças na cidade de Arroio do Padre, situada ao sul do Rio Grande do Sul, cuja colonização é predominantemente pomerana e cuja localização, com geografia e relevo distintos, dificulta o acesso aos meios de comunicação mais comuns, o que facilita a preservação até hoje da língua trazida por seus imigrantes pomeranos no final do século XIX. No presente estudo, ampliando a pesquisa antes empreendida, os mesmos sujeitos participantes dos experimentos em 2008 foram contatados e refizeram-nos em 2012, passando a caracterizar a pesquisa como longitudinal. Alargando o escopo da investigação, crianças e adolescentes monolíngues e bilíngues da Escócia, Reino Unido, também participaram dos mesmos experimentos, possibilitando observar se bilíngues que têm, como sua língua-mãe, uma língua ágrafa, como é o caso do pomerano, e aqueles que usam sua L1 para todos os tipos de tarefas diárias incluindo a escrita e a leitura, como é o caso do alemão para os bilíngues escoceses, apresentam diferenças nas funções executivas aqui investigadas. Assim, os objetivos específicos desta tese resumem-se em comparar crianças e adolescentes, brasileiros e escoceses, monolíngues e bilíngues na realização de tarefas de controle executivo geral. Essas tarefas dividem-se em não verbais (Tarefa de Simon) e verbais (Teste de Stroop). Os resultados encontrados nesta tese devem ser divididos em dois grandes grupos, conforme as tarefas propostas e suas peculiaridades. Pode-se dizer que na tarefa de Simon, que é uma tarefa não-verbal, que mede algumas das funções executivas, o controle inibitório e a atenção, os participantes bilíngues parecem ter vantagens sobre os monolíngues investigados. Já quando analisados os resultados do Teste de Stroop, que é uma tarefa que avalia também as funções executivas, controle inibitório e atenção, entretanto é uma tarefa verbal, não se pode afirmar que há vantagem para os bilíngues, principalmente porque nesta tese as línguas dos participantes do grupo bilíngue são muito diferentes, sendo uma ágrafa e outra não. Sabe-se que linguagem e cognição andam juntas e, de acordo com Bialystok et al. (2009), as vantagens encontradas em tarefas de funções executivas em bilíngues se dão porque os mecanismos utilizados para que o bilíngue iniba uma de suas línguas e use apenas a mais conveniente são semelhantes a outros processamentos do controle executivo em geral |