[pt] DA CABEÇA AOS PÉS: A ESTÉTICA DO CANGAÇO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LUCIANO GUTEMBERGUE BONFIM CHAVES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55256&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55256&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55256
Resumo: [pt] O cangaço lampiônico, considerado aqui de 1920 a 1940, se deu entre os vestígios de um sertão arcaico e a incipiência de um sertão moderno. Viveu intensamente a tensão desta transição. Nalguns momentos, paradoxalmente, mostrou-se agarrado ao passado, noutros se lançou sem receios ao futuro e, entre essas investidas guiadas pela violência, pilhagem e vingança da honra maculada, criou uma estética exuberante, afirmativa da vida e moderna. Realizaram uma transgressão de fisionomia arcaizante e transcriaram no sertão os impulsos apolíneos e dionisíacos. Remixaram o arcaico lhe dando ares modernos, e através de intervenções estéticas conferiram a objetos comuns aura e autenticidade. Nos trajes e acessórios, criaram uma moda que ultrapassou os umbrais da indumentária. Na música, incorporaram novas batidas à ritmos tradicionais e criaram o xaxado. Na dança, inovaram com a criação da pisada, dança guerreira e festiva, hoje denominada xaxado. Os cangaceiros se tornaram performáticos de si mesmos. A estética do cangaço influenciou e influencia diversas manifestações artísticas, além de ter se tornado marca cultural da região nordeste do Brasil.