Nas trilhas do cangaceiro Antônio Silvino: tensões, conflitos e solidariedades na Paraíba (1897-1914).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Deuzimar Matias de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2046
Resumo: Entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do XX, a região brasileira que ora conhecemos como Nordeste vivenciou o fenômeno do cangaço. A especificidade das práticas ligadas às políticas oligárquicas de concentração de poderes políticos e econômicos, aos mandonismos locais, às lutas entre parentelas, enfim, aos aspectos culturais relacionados à honra e à moral, desencadearam inúmeros conflitos entre os grupos sociais da região, fazendo com que os homens mais pobres empreendessem diversas formas de resistência e, entre elas, o cangaço se destaca por chamar a atenção mais direta das autoridades e intelectuais do país. Este trabalho tem como principal objetivo refletir acerca das relações sociais de conflitos e solidariedades estabelecidas entre o cangaceiro Antônio Silvino e diferentes grupos sociais (especialmente agricultores, fazendeiros, comerciantes, policiais) que habitavam no interior da Paraíba. Para tanto, fizemos uso de um corpus documental que engloba jornais de época, processos criminais, literatura de cordel e a literatura regionalista de José Lins do Rego, no sentido de percebermos os indícios e sinais das práticas e relações sociais em torno do cangaceiro Antônio Silvino. As análises nos levaram a pensar que essas relações, sejam elas de conflitos ou de solidariedade, ocorreram em meio a uma cultura cujo movimento dava-se por meio das expectativas de cada grupo, bem como dos próprios sujeitos em suas individualidades, no sentido de resistirem/sobreviverem às adversidades cotidianas, aproveitando-se das oportunidades à medida que elas iam surgindo.