[pt] AS MARIONETES DIVINAS: O FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE MORAL NO PENSAMENTO DE PLATÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SILVIA REGINA DA SILVA BARROS DA CUNHA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17974&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17974&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.17974
Resumo: [pt] Numa perspectiva objetiva, o fundamento da responsabilidade moral é objeto do Livro IX das Leis, onde Platão desenvolve sua teoria da punição, baseada na tese de que ninguém comete o mal voluntariamente, que ele concilia com a necessidade prática de graduar as penas, a partir da distinção tradicional entre delitos voluntários e involuntários. Identificando no delito dois aspectos independentes, dano e injustiça, Platão afirma que o primeiro requer apenas reparação, enquanto a punição é concebida como medida destinada a melhorar a alma afetada por emoções desordenadas ou por ignorância, causas da injustiça. O problema em foco apresenta também um aspecto subjetivo: independentemente das vantagens sociais da justiça, da ótica exclusiva do indivíduo em sua relação consigo próprio, haveria alguma razão que justificasse ser justo? Para Platão, a injustiça causa uma ruptura da harmonia da alma, rompendo o diálogo interno do eu consigo mesmo e afetando a capacidade de pensar. Nos diálogos tardios, à medida que evolui a concepção de Platão acerca das fontes do mal, resta claro que a punição pelas injustiças não depende da sobrevivência da alma após a morte, pois decorre da lei universal de atração dos semelhantes, por força da qual a maldade leva o injusto a conviver com o mal, devastando sua vida interior