[pt] OS ACORDES DE UMA SINFONIA: A MORAL DO DIÁLOGO NA TEOLOGIA DE BERNHARD HÄRING
Ano de defesa: | 2004 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4353&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=4353&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.4353 |
Resumo: | [pt] Esta tese é fruto de uma análise hermenêutica crítica dos fundamentos da Teologia Moral elaborada por Bernhard Häring que, por suas características e propostas, recebe aqui o nome de Moral do Diálogo. A Teologia Moral é uma ciência prática e, por esta razão, é significativo ressaltar que a construção teórica do Autor tem como sustentação o cotidiano de sua existência, a narrativa de uma longa e fecunda vida, que soube fazer do Diálogo uma experiência acolhida, construída e transmitida. Nele, vida e obra se fundem e se confundem, para mostrar que o Diálogo é um caminho ético necessário para a vida da humanidade e que, por isto, deve ser proposto a todas as pessoas como a novidade que está presente nas entranhas do ethos cristão, como a referência de uma religião monoteísta trinitária que o assume e o realiza na própria fonte. Assim sendo, o Diálogo não pode também deixar de ser assumido pela Igreja de Jesus Cristo, como um compromisso ético-moral capaz de fazer dela um sinal fecundo e promissor do Reino de Deus. O que se pode dizer é que a Moral do Diálogo, à luz da Lei do Espírito que dá vida em Cristo, traz elementos novos e imprescindíveis para a reconfiguração dos fundamentos da moral cristã e torna-se uma boa notícia para o mundo atual. As conseqüências que daí decorrem já se fazem sentir. A moral especial, ao tratar das questões relacionadas à vida cotidiana dos homens e das mulheres deste tempo, já o faz numa perspectiva renovada. A liberdade e a fidelidade criativas são os pressupostos indispensáveis para a formação de pessoas responsáveis e sadias que, em parceria, desejam buscar uma vida plena de sentido. A Igreja de Jesus Cristo não se encontra fora desta perspectiva renovadora. O acolhimento de sinceras e sadias posturas relacionais, que garantem o Diálogo como mediação necessária para a re- elaboração de um modo de ser cristão, mais fraterno e solidário, é um caminho de grande fecundidade. Este caminho nos convida a olhar para dentro e para fora de nós mesmos, na recuperação de uma unidade que se abre para o acolhimento das enriquecedoras diferenças. Esta não é uma visão ingenuamente otimista. Existem desafios a serem vencidos, mas estes não matam a esperança e é ela que nos permite perceber que, apesar de todas as dificuldades, o projeto já é vencedor por si mesmo. Os alcances hermenêuticos da Moral do Diálogo são reais e mostram que muitos autores brasileiros e latinoamericanos beberam desta fonte para a elaboração de uma Moral interpelada pelas situações vividas no Terceiro Mundo, que pedem, de modo especial, um Diálogo frutuoso em favor da solidariedade que garanta a dignidade de toda vida humana. |