[pt] QUEM SOMOS NÓS E QUEM SOU EU: UMA ANÁLISE DISCURSIVA E AUTOETNOGRÁFICA DAS CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES E DE (NÃO) PERTENCIMENTOS EM NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIAS MIGRATÓRIAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MARIA ALINE SILVA MARTINS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57177&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57177&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57177
Resumo: [pt] Nesta dissertação, busco gerar entendimentos sobre os processos de migração da minha família, que saiu de São Benedito (Ceará) com destino à favela da Rocinha, entre as décadas de 1980 e 1990. Neste estudo autoetnográfico (Ellis; Bochner, 2000), almejo olhar para como avaliamos nossas experiências de migração, que podem abarcar desde o momento da decisão de deixar a terra natal até o momento atual. Em específico, a partir da análise de narrativas (Bastos, 2005; Bastos; Biar, 2015; De Fina, 2008), examino a construção discursiva de identidades (Moita Lopes, 2001; 2002; 2003; Snow, 2001; Duszak, 2002) e pertencimentos (Krzyżanowski; Wodak, 2008; Angouri et al., 2020) dos participantes no que tange à forma como nos relacionamos com o lugar de origem e o lugar de destino (Souza, 2006), São Benedito e Rocinha, respectivamente. Esta pesquisa está inserida na área da Linguística Aplicada Contemporânea (Moita Lopes, 2006) e orienta-se pelo paradigma qualitativo-interpretativo de pesquisa (Denzin; Lincoln, 2006). Para a análise discursiva do corpus, foi selecionada a ferramenta de análise textual proposta pelo Sistema de Avaliatividade (Martin, 2001; Martin; Rose, 2007; White, 2004). Os resultados apontam para três movimentos distintos efetuados pelos participantes. Um dos meus irmãos, por exemplo, constrói um forte pertencimento ao seu local de origem, São Benedito, simultaneamente construindo um não pertencimento e um distanciamento da Rocinha/Rio de Janeiro. Nas narrativas de minha irmã, percebemos que ela ainda mantém um vínculo com seu local de nascimento, mas que não criou um vínculo com a Rocinha. Todos os outros membros da família - eu, mãe, pai e irmão indicam se sentirem pertencentes aos dois lugares, São Benedito e Rocinha.