[pt] A GENTE CONTINUA MERECENDO RESPEITO POR FAZER POLE DANCE: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DE ESTIGMAS E IDENTIDADES EM NARRATIVAS DE MULHERES POLE DANCERS
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57173&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57173&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57173 |
Resumo: | [pt] Nesta pesquisa, tenho por objetivo criar inteligibilidades acerca da prática do pole dance, a partir da investigação dos discursos narrativos produzidos por mulheres da comunidade desta dança-esporte. Situado na área da Linguística Aplicada Contemporânea (MOITA LOPES, 2006; FABRÍCIO 2006), o estudo dedica-se à interpretação dos sentidos criados em narrativas orais (LABOV, 1972; BASTOS, 2005) contadas por pole dancers, a fim de entender a emergência de estigmas (GOFFMAN, [1963] 2004) e a construção de identidades (MOITA LOPES, 2002, HALL, 2005) voltados às praticantes e à própria atividade. A arquitetura teórica fundamenta-se em uma visão socioconstrucionista de narrativas (BASTOS; BIAR, 2015) e de identidades (MOITA LOPES, 2001) para a análise da prática discursiva avaliativa (LINDE, 1997; THOMPSON; ALBA-JUEZ, 2014) que traz à tona estigmas e ressignificações sobre o pole dance. O estudo tem a sua metodologia alinhada ao paradigma qualitativo de pesquisa (DENZIN; LINCOLN, 2006), com o corpus gerado por meio de entrevistas realizadas com alunas e professoras do estúdio de pole dance do qual faço parte, na zona sul do Rio de Janeiro. A análise microdiscursiva é baseada no Sistema de Avaliatividade (MARTIN, 2001; MARTIN; WHITE, 2005), integrante da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; EGGINS, 2004), para a observação das instâncias léxicogramaticais avaliativas que contribuíram para construção discursiva de estigmas e de identidades nas narrativas compartilhadas. As análises sugerem que as participantes se (re)construíram identitariamente na relação com suas vivências no pole dance, refletindo sobre questões de preconceito e do fazer do pole dance em si. As pole dancers pareceram reconhecer e reprovar a estigmatização que as rotulam negativamente e que confere descrédito a elas e à atividade que praticam, gerando contradiscursos de resistência e de ressignificação do pole dance. Nesse sentido, em geral, as dançarinas-atletas construíram o pole dance positivamente enquanto prática transformadora que proporciona às suas praticantes autoconhecimento, libertação, superação, despertar de forças, empoderamento e muitos outros aprendizados. |