Síndrome respiratória aguda grave por Covid-19 em gestantes e puérperas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Araújo, Denise Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Médicas e da Vida
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/5000
Resumo: As gestantes e puérperas não eram consideradas grupos de risco para agravamento da COVID-19 nos estudos iniciais. No entanto, com o incremento de mais pesquisas sendo realizadas em vários países, este grupo passou a ser reconhecido com potencial de risco para internação em unidade de terapia intensiva e óbito. Objetivo: Descrever os casos e óbitos de síndrome respiratória aguda grave por COVID-19 em gestantes e puérperas no biênio 2020-2021 em Goiás. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, realizado a partir de dados secundários, no período de 01 de março de 2020 a 31 de dezembro de 2021. Foram utilizados registros dos bancos de dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização e do Sistema de Informação de Mortalidade. Utilizado Programa Microsoft Excel 2016 para processar as frequências absolutas e relativas das variáveis estudadas e realizada análise descritiva para caracterizar a população obstétrica acometida. Elaborada análise de tendência linear para descrevera distribuição e a propensão dos casos e óbitos da síndrome respiratória aguda grave por COVID-19 na população obstétrica no Estado de Goiás. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sob o Parecer de número 5.338.744 e Comitê de Ética Leide das Neves sob número 5.403.608. Resultado: O segundo ano de pandemia apresentou um pior cenário epidemiológico para a população obstétrica. Os casos foram frequentes na faixa etária de 20 a 34 anos, raça parda, residentes em zona urbana e com ensino médio completo. O terceiro trimestre foi o mais acometido, embora a proporção de óbitos tenha sido maior nas puérperas. Os sintomas mais frequentes foram a tosse e os sintomas respiratórios. As comorbidades que se sobressaíram foram a Diabetes, Doença Cardiovascular e a obesidade. A proporção de óbitos foi maior na população obstétrica atendida na rede privada. A necessidade de unidade de terapia intensiva, suporte ventilatório e a letalidade da população obstétrica aumentaram em relação ao primeiro ano de pandemia. Dentre as gestantes e puérperas notificadas com casos graves, 2% em 2020 e 4,4% em 2021 não foram admitidas na unidade de terapia intensiva. Dentre os óbitos, 95% não tinham registro de vacinas contra COVID-19. Após introdução da vacina contra COVID-19 houve redução no número de casos e óbitos. A quantidade de óbitos maternos por COVID-19 não foi igual entre os bancos do Ministério da Saúde. O conhecimento do comportamento de casos e óbitos e a identificação do perfil mais acometido permitem que o poder público possa planejar e monitorar as doenças o que resulta em ações mais assertivas