ENTRE CORPO E ARTE: A TRAVESSIA EM PAIXÃO SEGUNDO G.H.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4039 |
Resumo: | Este estudo propõe uma análise comparativa da obra A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, cuja travessia entre o corpo e a arte revelam desdobramentos do ser perante o devir, que, para existir e autoafimar-se, o ser deve fugir do silêncio e pronunciar-se com autenticidade, já que quem se cala está mais próximo do anonimato e não possui identidade, propriedade. Por isso, procuramos explorar, na narrativa, a construção do ser que está inerente à formação e à manifestação da sua expressividade. A mudez é a revelação da fragilidade, a fragmentação angustiante e inquietante dos corpos em interação. Através da linguagem, os corpos podem interagir, estranhando-se, descontruindo-se e reconstruindo-se perante o inusitado. A linguagem emudecida de G.H. manifesta uma não existência, um anonimato que, frente ao devir, inquietase, revela as dores de ser e de definir-se. Frente aos acontecidos cotidianos e banais, a arte literária atribui uma nova configuração ao objeto e essa nova iluminação súbita na consciência dos figurantes permite novos insights perante a vida, uma espécie de epifania. Nessa travessia, este estudo procura analisar a travessia entre o corpo e a arte, promovendo diálogos, que vão desautomatizando a imagem do humano convencional, desobjetificando o ser e revelando seu lado componente, actante e obra de arte, pois o corpo linguagem é captado através do corpo experimento. A própria existência é utilizada como representação artística, como objeto pensante, cuja função principal é a de criar símbolos, já que a imagem não tem o objetivo de tornar mais compreensível o significado que possui, mas de tornar artístico o objeto por representar uma visão particular, uma nova percepção sobre o objeto. A pesquisa adota uma abordagem hermenêutica atual, fenomenológica, existencialista e comparativa por entender que são itens indispensáveis para desenvolver este estudo sobre a travessia entre o corpo e a obra de arte, a fim de mostrar que o corpo-linguagem é a autenticidade do ser na literatura de Clarice Lispector. |