Internacionalização do capital e políticas educacionais: precarização do trabalho dos professores de geografia na educação básica
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidades Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4959 |
Resumo: | Trata-se de uma pesquisa vinculada à linha de pesquisa Estado, Políticas e Instituições Educacionais do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de Doutorado em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Estado de Goiás (PUC-GO). Nesta tese, procurou-se analisar a partir da questão problema, como a Reforma do Novo Ensino Médio sob a ordem neoliberal impacta as relações de trabalho dos professores de Geografia da Rede Estadual de Ensino do estado de Mato Grosso? Portanto, o objetivo foi o de compreender o processo de precarização das relações de trabalho, da intensificação e da desvalorização dos professores, em especial, os de Geografia, no estado de Mato Grosso, desde a década de 1990 até os dias atuais. Para tanto, empregou-se o materialismo histórico e suas categorias de análise, a fim de obter uma compreensão mais ampla acerca dessa realidade. Empregou-se a metodologia exploratória, com abordagem qualitativa e quantitativa. Procedeu-se, assim, à leitura de livros e artigos científicos, passando pela análise de relatórios técnicos e leis, com elaboração de mapas, tabelas e gráficos relativos ao objeto de estudo. Na constituição do referencial teórico, foram utilizados autores de referência nacional e internacional. Dentre eles estão, Apple (1979 e 1988), Anderson (1995), Antunes (2018), Bianchetti (1999), Dourado (2018 e 2019), Freitas, (2018), Frigotto (1999, 2009, 2016), Girotto (2017, 2019, 2021), Libâneo (2010, 2012, 2016), Louro (2004, 2013), Saviani (2007a, 2007b, 2008, 2011, 2018), Warde (1983). Foram elaborados três capítulos. O primeiro aborda a construção e a consolidação das relações entre a educação e o capital no Brasil. O segundo evidencia elementos referentes à precarização do trabalho na educação, no âmbito das políticas neoliberais. Por fim, o terceiro capítulo enfatiza os impactos promovidos pela Reforma do Novo Ensino Médio e a intensificação da precarização do trabalho do docente de Geografia na Educação Básica de Mato Grosso. Os dados da pesquisa revelaram que a intensificação da precarização do trabalho docente vem ocorrendo desde a implementação do neoliberalismo, na década de 1990, fazendo com que o trabalho dos professores passe por um processo de dilapidação e desvalorização. Após o golpe de Estado, em 2016, o trabalho docente tornou-se ainda mais precário, em razão de a educação se encontrar no centro das disputas hegemônicas do capital, assim como outras áreas estruturais importantes para o desenvolvimento do país (trabalho, previdência social, sindicatos). Constatou-se a intensificação da precarização do trabalho dos professores de Geografia em Mato Grosso a partir do controle do trabalho docente, da responsabilização dos professores pelo fracasso escolar, da gratificação por resultado, dentre outros aspectos. Diante disso, é preciso analisar o avanço das políticas públicas educacionais considerando seu impacto sobre o trabalho docente, de modo a buscar mecanismos que se oponham a esse avanço |