Proletarização, precarização e empresariamento na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (1995-2015): o neoliberalismo forjando a crise da República e a privatização do Estado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sá, Guilherme Cardoso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-30082019-131953/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar as condições de proletarização e precarização dos trabalhadores da educação a partir da dinâmica do orçamento da secretaria de Educação do Estado de São Paulo e as relações desta com a implementação das políticas educacionais neoliberais, propostas por um conjunto de governos oriundos do mesmo partido político (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira), com um alinhamento substancial no que tange ao papel do Estado e sua racionalização a partir dos anos de 1990. Parte-se de dois conceitos fundamentais na análise da sociologia do trabalho, proletarização e precarização, comumente tomados como sinônimos. Sobremaneira, definem-se para representarem elementos distintos no cotidiano do professorado paulista. Essa distinção foi necessária para se compreender um elemento que esta pesquisa tomou como central em um projeto neoliberal: o controle do projeto educacional. Sendo assim, proletarizar abarca as condições do processo entre a subsunção formal e real dos professores, na medida em que o capital avança na construção de um neosujeito. Não há espaço para o pensamento crítico e para a liberdade de cátedra no projeto neoliberal. A contradição entre o crescimento real do orçamento da educação e a redução constante nos salários iniciais e um plano de carreira construído para ser galgado, submetendo-se aos conteúdos, métodos e resultados que a secretaria impunha, somados a uma política de bonificação e verticalização das relações internas, nortearam esta pequena contribuição à compreensão do Estado neoliberal.