Viés nos erros das projeções de crescimento real do produto interno bruto do Brasil condicionado pelo estágio do ciclo econômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Waack, Carlos Castaneda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2267
Resumo: O presente trabalho tem como objetivos documentar o fato de que as previsões de crescimento real anual e trimestral do produto interno bruto exibem erros sistemáticos e analisar como estes erros dependem da fase do ciclo econômico. O presente trabalho é relevante dada a importância das expectativas para a política econômica. Usando toda a amostra, em média, os analistas sobrestimam a taxa do produto interno bruto. Este resultado, porém, omite as diferenças entre as fases do ciclo econômico. Os erros de previsão para os períodos de recessão são relativamente grandes e negativos, enquanto que para períodos de expansão os erros são relativamente pequenos e pouco significativos. Isto pode implicar que os analistas produzem previsões sem viés nos erros somente para períodos de expansão em vez de produzirem previsões sem viés durante todas as fases. O presente trabalho também documenta a evolução dos erros de previsão, distinguindo entre previsões produzidas um ano antes e previsões produzidas durante o mesmo ano, no caso anual e entre 13 a oito meses antes e sete meses a um mês antes, no caso trimestral, como analisa também os erros em torno do ponto de reversão do ciclo econômico. Conclui-se que o viés estimado sem levar em consideração as diferentes fases do ciclo econômico, é significativo e exibe sinal negativo, indicando que, em média, as projeções de crescimento do PIB são otimistas demais; também se encontram evidências de que, com relação aos erros de previsão, o viés seja explicado pelas fases de recessão, recuperação e dos efeitos de horizonte.