Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Furtuoso, Maria Cristina Ortiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-121125/
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Resumo: |
O presente trabalho, utilizando informações provenientes das matrizes de insumo-produto calculadas pelo IBGE, analisa a evolução, ao longo do período compreendido entre 1980 e 1994, do Produto Interno Bruto (PIB) do Complexo Agroindustrial Brasileiro (CAI), da estrutura produtiva e dos índices de ligações interindustriais da economia brasileira. As abordagens de identificação de setores-chave tem importância, uma vez que além de propiciar uma visão mais compreensiva da economia e do desempenho e dos setores agrícola e agroindustriais potencial permitem desenvolver um procedimento analítico de delimitação do CAI. Da análise da estrutura produtiva pode-se inferir que vem aumentando a complexidade da economia brasileira apresentando um estágio avançado com alto grau de interligação entre os setores produtivos nacionais, menor dependência de importações e uso intensivo do capital. A análise dos índices de encadeamento da economia brasileira através de diferentes técnicas, mostra o predomínio dos setores Siderurgia, Metalurgia e Agropecuária em quase todos os enfoques. Alguns setores que compõem o segmento de Produtos alimentares, também, assumem papel de importância dentro das relações intersetoriais, no que diz respeito ao encadeamento para trás. Os resultados apontam para uma crescente importância do segmento Serviços dentro da economia, seguindo a tendência deste ramo em economias desenvolvidas. Para o procedimento analítico alternativo de delimitação dos componentes do Complexo Agroindustrial, estima-se as matrizes AGR que permitem identificar as interrelações entre as atividades agropecuárias e os demais setores da economia, em termos dos impactos diretos e indiretos. Esses resultados confirmam a grande articulação entre os setores componentes do CAI, refletindo a importância da atividade agrícola como setor de grande influência na estrutura produtiva do país através dos altos efeitos de encadeamento a montante e a jusante. Em relação aos resultados do CAI, os dados empíricos mostram o papel fundamental que o "agribusiness" brasileiro tem desempenhado na economia nacional respondendo por cerca de 32% do produto interno bruto e apresentando complexas ramificações com agentes dos setores primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (serviços). Os resultados mostram, ainda, a expressiva perda de peso da Agropecuária no PIB do Complexo Agroindustrial, medido a custo de fatores, no período 1980/93 enquanto a Indústria de Base agrícola e o setor de Distribuição sobressaem-se como pólos mais dinâmicos, liderando esse processo de transformação agrária. A Indústria para Agricultura diminui gradativamente sua participação no PIB no mesmo período. A evolução da composição do Complexo Agroindustrial Brasileiro são confirmadores de que o "agribusiness" adiciona valor sobre as matérias primas agrícolas onde o setor de armazenamento, processamento e distribuição final tende a ser sempre mais representativo no valor total da produção vendida ao consumidor. |