Influência do El Niño 2015-2016 no incremento diamétrico das árvores da Amazônia Central
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5110 http://lattes.cnpq.br/9575819998225782 |
Resumo: | A intensidade e frequência das secas severas na região amazônica estão aumentando. Diminuições na taxa de crescimento e aumento na mortalidade de árvores foram relatados em secas anteriores, consequentemente, diminuindo a produção primária líquida da floresta. Em 2015-2016, ocorreu a seca mais severa dos últimos anos causada pelo El Niño, assim o crescimento das árvores pode estar comprometido. Sendo assim, foi monitorado o incremento mensal e anual de 325 árvores com bandas dendrométricas um ano antes da seca, no ano do evento e um ano depois, em uma floresta de terra firme na Amazônia Central. O incremento anual e mensal do diâmetro das árvores durante os períodos monitorados foi calculado para detectar eventuais alterações nas taxas de incremento durante a seca e entre os períodos. Além disso, as árvores foram classificadas por diâmetro, densidade da madeira e posição topográfica para identificar quais características são mais vulneráveis durante a seca. Uma redução significativa no incremento em diâmetro anual e mensal foi encontrada em todas as árvores após a seca. Árvores maiores e árvores localizadas nos platôs foram as mais afetadas na taxa de incremento, o que pode estar associado à redução da fotossíntese e estresse hidráulico causado pelo déficit hídrico. As árvores do baixio sofreram menos com a seca apresentando pouca reação sazonal à variação de precipitação. Nenhuma variação de incremento do caule foi detectada em função da densidade da madeira. Além disso, este estudo demonstrou que um ano após a seca, a taxa de crescimento média da floresta ainda não tinha sido recuperada. Árvores de tamanho médio localizadas nos baixios foram as que apresentaram taxas de recuperação mais lentas. O presente estudo enfatiza o grande efeito da seca no crescimento das árvores e como este efeito é ainda observado no ano posterior à seca. Assim também, a caracterização de quais árvores são mais vulneráveis e resistentes à seca podendo contribuir em modelos de climáticos e de carbono. |