Produção de serapilheira e incremento diamétrico em uma Floresta de Terra Firme na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5126 http://lattes.cnpq.br/1555143325830180 |
Resumo: | A produção da floresta acima do solo tem a serapilheira e o incremento das árvores como os componentes principais da produção primária líquida. O crescimento do tronco é a forma captar carbono da atmosfera e alocar em tecidos lenhosos. A serapilheira funciona como perda de carbono no sistema, porém é essencial para a reciclagem de nutrientes, o que mantém a floresta amazônica com alta biomassa em solos pobres. Os diferentes tipos de solos e a sazonalidade das chuvas da Amazônia central exigem diferenças adaptativas da vegetação, sendo nesse sentido, o crescimento e a produção das árvores variável em função da sua posição. Assim, este estudo teve como objetivo quantificar a produção de serapilheira e o incremento de árvores em duas classes topográficas (platô e baixo), com solos distintos e as suas relações com a precipitação e a umidade dos solos em uma floresta madura na Amazônia central. A área de estudo encontra-se na estação de silvicultura tropical do INPA no ramal ZF2, em duas transecções com (20x2500m). A coleta de serapilheira foi realizada com 120 coletores (60 platô, 60 baixio) com dimensões de 0,5 x 0,5 metros, com área de 0,25 m2 que foram dispostos sistematicamente em 2 linhas equidistantes em 40 metros. O material foi coletado em período de 15 a 30 dias, foi secado 65 °C até obter peso constante, sendo separado em folhas, galhos (diâmetro < 2cm) e miscelânea e pesado. A coleta de incremento diamétrico foi realizada em 250 árvores com bandas dendrométricas, sendo 125 em cada classe topográfica (platô e baixio), distribuídas aleatoriamente entre indivíduos arbóreos de diferentes diâmetros. Os dados de precipitação acumulada e potencial hídrico dos solos foram coletados com o auxilio de equipamentos automáticos instalados na área de estudo. A produção de serapilheira e o incremento em diâmetro foram analisados com uma análise de variância fatorial, com medidas repetidas. As correlações de Pearson com a probabilidade de Bonferroni foram feitas para verificar a relação entre as variáveis analisadas no estudo. As coletas foram realizadas entre o mês de setembro de 2012 a outubro de 2013. A produção de serapilheira no platô foi de 7,1 ± 0,2 t.ha- 1 .ano-1 (IC 95%) e foi significativamente maior do que no baixio 6,3 ± 0,1 t.ha-1.ano-1 (n=120 p = 0,008). A produção de serapilheira para o período foi variável durante o ano, tendo pico de produção no período mais seco (junho a outubro), com uma correlação com a precipitação (r=-0,77, p =0,0029). A produção de folhas com aproximadamente 70% do total da serapilheira foi a maior parte da produção. O incremento em diâmetro médio foi de 1,43 ± 0,18 milímetros.ano-1, que não diferiram entre as topografias. Porém, os incrementos foram levemente superiores no platô. As taxas de incremento seguiram as tendências das chuvas, onde o crescimento do diâmetro foi maior no período chuvoso do que no período mais seco (r=0,56, p=0,005). As árvores com diâmetro acima de 30 cm apresentaram maiores taxas de incrementos. O incremento e a produção de serapilheira não apresentaram correlações com o potencial hídrico dos solos. A correlação entre a produção de serapilheira e o incremento foi de (r=-0,60, p=0,06) sendo que os maiores valores de serapilheira se correlacionaram com os menores valores de incremento. Estes resultados sugerem que as árvores no local de estudo investem em crescimento em momentos propícios, principalmente com a presença de água abundante. Quando há menores quantidades de água disponível, a planta diminuí a atividade cambial e destina investimento em manter ao mínimo a sua fisiologia, dispersando material senil e se preparando para renovar suas folhas e reproduzir. |