Efeitos da fragmentação sobre a comunidade de aranhas do sub-bosque de uma floresta de terra-firme, na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12075 http://lattes.cnpq.br/9986815135147230 |
Resumo: | A Amazônia é um dos maiores refúgios da biodiversidade do mundo, no entanto, a ocupação humana vem causando a fragmentação de hábitats, impondo riscos a diversidade de espécies e problemas relacionados a conservação. A floresta é reduzida a remanescentes de mata isolados e circundados por uma paisagem alterada (matriz). As alterações ocorridas na interface do fragmento com a matriz são chamadas de "efeito de borda", e podem vir a afetar a dinâmica das comunidades. Aranhas são um grupo hiperdiverso, habitantes muito comuns do sub-bosque da floresta e dependem da diversidade de hábitats e da estrutura da vegetação para construção de teias, forrageamento e refúgio. Não se sabe ao certo na Amazônia, como a fragmentação afeta a comunidade de aranhas. Partindo da premissa de que os efeitos da fragmentação alteram a paisagem e sabendo-se da dependência da araneofauna em relação a vegetação, o sub-bosque foi caracterizado em relação à profundidade da serrapilheira, densidade da vegetação, presença de palmeiras, troncos caídos e liteiras suspensas, e diversidade de estruturas formadas pelos ramos dos arbustos para fixação de teias e forrageamento. Este trabalho foi realizado nas áreas de estudo do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo a Manaus-AM. Os impactos da fragmentação sobre a comunidade de aranhas do sub-bosque foram determinados pela comparação entre a araneofauna de fragmentos, mata contínua e suas bordas. As espécies ainda não puderam ser identificadas, e neste estudo, os efeitos da fragmentação sobre as aranhas foram determinados pela abundância da comunidade, das famílias mais comuns e da composição da araneofauna baseada nos gêneros. A abundância de aranhas foi maior na mata contínua, sendo afetada pela heteorgeneidade de hábitats. As famílias Ctenidae, Pisauridade, Salticidae tiveram mais indivíduos coletados na floresta do que nos fragmentos, porém o oposto foi observado para Sparassidae. As famílias Aranaeidae e Theridiidae não tiveram sua abundância relativa alterada em fragmentos, no entanto respondem de maneira diferente a presença de palmeiras e a densidade da vegetação, fatores estes, que podem estar amenizando os efeitos da fragmentação sbre estas populações. A abundância da família Ctenidae é afetada pela presença de troncos sobre o solo e foi o único caso, onde houve influência do efeito de borda. Não foi observado uma araneofauna característica de fragmentos ou floresta, no entanto, parece haver uma simplificação da comunidade nos fragmentos devido a redução do número de espécies raras. Também foi observado que a composição da comunidade é afetada pela estrutura da vegetação nas bordas. |