Efeitos do isolamento e da perda de área de floresta sobre comunidades insulares de aranhas, Amazônia Central, Brasil
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11963 http://lattes.cnpq.br/3902303687969210 |
Resumo: | As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais ricos em espécies, mas as altas taxas de desmatamento têm reduzido esses ambientes, provocando a modificação das paisagens originais. O resultado é o surgimento de fragmentos de florestas, que consistem de remanescentes isolados de vegetação nativa rodeados por uma matriz de habitat alterado. Esses fragmentos são caracterizados por menor área de floresta, formas variadas em alguns casos e diferentes graus de isolamento. Com o surgimento da Ecologia de Paisagem, tais variáveis passaram a ser medidas através de índices e relacionadas com variáveis bióticas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar se a abundância, riqueza e composição de comunidades de aranhas são afetadas pelas variáveis citadas. A área estudada foi a Reserva Biológica do Uatumã e área de entorno, que engloba ilhas, formadas após o represamento do rio Uatumã para a construção da Hidrelétrica de Balbina, e floresta contínua nas margens do lago. O estudo foi realizado em ambos os ambientes, tendo sido amostradas 20 ilhas e sete pontos na mata contínua, entre julho e outubro/2006, utilizando batedores de vegetação e através de coleta manual noturna. Em cada um dos locais amostrados foram realizadas coletas em quatro transectos de 30 m de comprimento. O tamanho, a relação perímetro-área e o índice de proximidade de cada ilha foram calculados usando os programas Arc View e Fragstats. Os efeitos dessas variáveis sobre a riqueza e a abundância de aranhas foram testados através de regressões múltiplas. A comunidade de aranhas foi representada por dois eixos de NMDS, os quais foram utilizados em regressões múltiplas multivariadas. Uma comparação entre ilhas e floresta contínua também foi realizada. Foram coletadas 9.550 aranhas, das quais 2.187 eram adultas, distribuídas em 33 famílias, 106 gêneros e 334 morfoespécies. As métricas da paisagem não afetaram a abundância de aranhas, enquanto o índice de proximidade afetou a riqueza. Por outro lado, a riqueza foi afetada pelo índice de proximidade. O primeiro eixo da ordenação foi significativamente influenciado pelo tamanho e pelo índice de proximidade, enquanto que o segundo eixo foi afetado pela relação perímetro-área. A abundância de aranhas adultas foi significativamente maior nas ilhas, enquanto que a riqueza padronizada foi maior na mata contínua. A composição da comunidade também diferiu entre esses ambientes. Foi observada maior similaridade entre os pontos amostrados na mata contínua do que nas ilhas. A composição da comunidade de aranhas foi afetada pelas variáveis testadas, mais do que a abundância e a riqueza de espécies. O que é pertinente, partindo do princípio de que algumas espécies tendem a predominar em ambientes alterados e, embora, a riqueza possa se manter, as espécies que compõem determinado ambiente podem variar ao longo do tempo. |