Biomassa total acima do solo e a fragmentação de floresta de terra-firme na Amazônia Central

• Ano de defesa: 2002
• Autor(a) principal: Nascimento, Henrique Eduardo Mendonça
• Orientador(a): Laurance, William F
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Ecologia
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12285; http://lattes.cnpq.br/2481251710093966

O presente estudo foi conduzido numa área de floresta de terra-firme na Amazônia central brasileira. A biomassa total acima do solo foi quantificada em 50 parcelas permanentes de 1 ha distribuídas em floresta contínua e em fragmentos florestais de 1, 10 e 100 ha e em diferentes distâncias da borda. Ele teve três objetivos principais: i) fornecer uma estimativa da biomassa total acima do solo para florestas de terra-firme na Amazônia central; ii) avaliar as mudanças da estrutura florestal após 10-19 anos de isolamento de fragmentos florestais no tocante a tamanho de fragmento e distância da borda; e iii) avaliar a dinâmica da biomassa e quantificar a perda da biomassa em fragmentos florestais com com a concomitante emissão de carbono após 10-19 anos de isolamento. A partir dos resultados obtidos, as principais conclusões deste estudo são: i) a biomassa total acima do solo mostrou-se ser relativamente alta na floresta de terra-firme na Amazônia central; ii) os fragmentos de floresta de terra-firme sofreram significativas mudanças em estrutura após 10-19 anos de fragmentação e estas mudanças estão principalmente associadas aos efeitos de borda; iii) a fragmentação floresta causa mudanças significativas na dinâmica da biomassa, ocasionado principalmente pelas elevadas taxas de mortalidade e o paralelo aumento na produção de liteira lenhosa grossa e o incremento de biomassa viva a partir do crescimento e recrutamento de árvores na classe = 10 cm d DAP; iv) as mudanças na dinâmica da biomassa resultam no aumento da taxa de ciclo do carbono, já que a biomassa está sendo transferida das espécies de vida longa para as espécies pioneiras e secundárias de vida curta e o paralelo aumento na taxa de decomposição.