Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marina Maria Biella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-16052024-163407/
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Resumo: |
Introdução: Evidências na literatura indicam expressiva prevalência de Transtornos Depressivos (TD(s)) em idosos, associada a desafios no rastreamento e diagnóstico da depressão. No entanto, há limitação sobre as evidências acerca de quadros depressivos subsindrômicos e variáveis epidemiológicas associadas aos TD(s), especialmente em ambiente ambulatorial. Objetivos: Avaliar as variáveis sociodemográficas, clínicas e psiquiátricas associadas à presença de um TD, Transtorno Depressivo Maior (TDM) ou Depressão Subsindrômica (DSS). Além disso, buscou-se estimar a prevalência dos TD(s), avaliar a acurácia diagnóstica do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e da Geriatric Depressive Scale-15 item (GDS-15) em comparação com a classificação do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders-5th (DSM-5), e identificar variáveis independentes associadas aos TD(s). Métodos: Este estudo utilizou dados de uma coorte prospectiva com 358 idosos (idade 60 anos) atendidos em um ambulatório de Geriatria. Foram realizadas análises no baseline (transversal) e após 12 meses de seguimento (longitudinal). Os participantes foram submetidos a questionários para avaliação clínica e psiquiátrica, além de medidas antropométricas e de desempenho físico. O diagnóstico de depressão foi realizado de acordo com os critérios do DSM-5. Para rastrear e medir a intensidade da depressão, foram utilizados os instrumentos PHQ-9 e GDS-15. A associação entre as variáveis de interesse foi avaliada por meio dos testes qui-quadrado, exato de Fisher e Kruskal-Wallis. A análise da acurácia diagnóstica dos instrumentos foi realizada por meio da curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Modelos de regressão logística binária univariada e multivariada foram utilizados para identificar os fatores de risco independentes. Resultados: Diversas variáveis mostraram associação estatisticamente significativa com a presença de algum TD, incluindo gênero, autoavaliação da saúde, funcionalidade, risco nutricional, indicadores de fragilidade e sarcopenia, velocidade de marcha, histórico prévio de depressão e uso atual ou prévio de antidepressivos. A prevalência de TDM no baseline foi de 20,1%, superior à da DSS. Houve uma taxa de conversão para o TDM ao longo do estudo de 10,3%. O PHQ-9 demonstrou uma acurácia diagnóstica superior, quando comparado à GDS-15, com melhores Area Under the Curve (AUC) para os grupos Sem depressão (0,886) e com TDM (0,89). Fatores de risco independentes para DSS e TDM incluíram o uso atual de antidepressivos com odds ratio (OR) de 1,15 e 1,16, e sintomatologia depressiva avaliada pelo PHQ-9 com (OR) de 1,03 e 1,03, respectivamente. Conclusão: Nossos dados reforçam a associação significativa entre variáveis epidemiológicas e TD(s), além de identificar uma alta prevalência da depressão em nossa amostra. Nossos resultados reforçam a importância da condução de mais estudos longitudinais em ambientes ambulatoriais para uma compreensão mais aprofundada da evolução dos TD(s) em idosos. Essa abordagem proporcionará dados valiosos para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes |