Papel protetor da quercetina livre e nanoencapsulada contra danos induzidos pela hemorragia intracerebral em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Galho, Aline Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8116
Resumo: A hemorragia intracerebral (HIC) é um importante problema de saúde pública, que leva a altas taxas de morte e incapacidade em adultos. Estudos experimentais têm demonstrado que o estresse oxidativo desempenha um papel importante na patogênese da hemorragia intracerebral e pode representar um alvo para o tratamento. Sabemos da dificuldade de administrar compostos ao Sistema nervoso central (SNC), em razão da barreira hematoencefálica (BHE). Neste estudo foram comparados os efeitos de uma nanoemulsão contendo a quercetina com a forma livre da droga, em suspensão, em um modelo de HIC por injeção de colagenase em ratos. A quercetina (QU) é um polifenol que apresenta efeito antioxidante in vitro bem descrito na literatura, mas que, em função da sua alta lipofilicidade, possui uma baixa biodisponibilidade in vivo. Assim, os sistemas de liberação de fármacos apresentam-se como alternativa para a administração deste composto, pois possibilitam um aumento da sua absorção no sítio de ação por tempo prolongado. Os animais foram tratados com uma dose intraperitoneal de QU livre e nanoencapsulada de 30 mg/kg. Durante três dias foram realizados testes comportamentais, tais como o campo aberto, teste de motricidade em grade e teste em haste elevada. Setenta e duas horas após a cirurgia foi feita a eutanásia e avaliamos o tamanho do hematoma e realizamos dosagens bioquímicas (atividade da GCL, conteúdo de GSH, ACAP e TBARS). Os animais que receberam a nanoemulsão contendo QU (N-QU) tiveram uma melhora significativa no escore do teste do deslocamento em haste elevada e no campo aberto. A QU livre em suspensão (QU-SP) obteve melhora apenas no campo aberto. A QU-N foi capaz de reduzir o tamanho do hematoma, preservar a atividade da GST, aumentar conteúdo de GSH e a capacidade antioxidante. Já a QU-SP influenciou apenas no conteúdo de GSH e no aumento da capacidade antioxidante. Desta forma, pode ser observado que a quercetina possuiu atividade antioxidante em ambas formas administradas, mas que a sua incorporação em nanoemulsões sugere aumento da biodisponibilidade e consequentemente aumento no efeito antioxidante, refletindo na melhora do déficit motor e no tamanho do hematoma em um modelo de HIC em ratos. Esses resultados indicam que a nanoemulsão contendo quercetina, desenvolvida neste trabalho, pode ser promissora para o tratamento da hemorragia intracerebral.