Comparação dos efeitos protetores da administração intranasal e intraperitoneal de nanoemulsão de Quercetina em ratos Wistar submetidos à hemorragia intracerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marques, Magno da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8218
Resumo: Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são atualmente um importante problema de saúde pública mundial. Estima-se que a hemorragia intracerebral (HI) seja responsável por 10% a 15% de todos os AVCs. Apesar dos avanços consideráveis feitos nos últimos anos para a compreensão e tratamento de distúrbios no sistema nervoso central (SNC), atingir especificamente o cérebro usando a farmacêutica atual ainda é um grande desafio. Na tentativa de contribuir com a busca de possíveis fármacos que possam ser utilizados para patologias do SNC, comparamos os efeitos de uma nanoemulsão contendo quercetina (QU-N) em um modelo de HI induzido por colagenase em ratos, utilizando duas vias de administração: intraperitoneal (IP) e intranasal (IN). Os nanocarreadores lipídicos foram preparados usando a técnica de difusão do solvente a quente associada ao método de inversão de fase. Foi realizado um teste de permeação ex vivo, a fim de avaliar o perfil de liberação da QU em mucosa suína. Nesse estudo, os ratos foram submetidos a HI e tratados com uma dose diária de QU-N IP (30 mg/kg-1) ou IN (0,25 mg/Kg-1) durante três dias. Três testes comportamentais foram realizados: campo aberto (open field), deslocamento em haste elevada (beam walking) e motricidade em grade (foot fault) em 24, 48 e 72 h, respectivamente. Ao término do experimento, os cérebros foram retirados e o tamanho do hematoma foi quantificado. Como resultado, a QU-N apresentou melhor padrão de permeação ao atravessar a mucosa nasal suína em comparação com QU livre, fornecendo evidências de que o nanoencapsulamento poderia melhorar a passagem narizcérebro. Os animais tratados com QU-N via IP apresentaram melhora significativa nos testes comportamentais, bem como diminuição do tamanho do hematoma. Já os animais tratados pela via IN mostraram alterações significativas somente nos testes comportamentais. A quantidade de QU administrada via IN foi menos de 1% da quantidade administrada pela via IP e mesmo nessa quantidade tão baixa os animais responderam de forma positiva aos testes comportamentais, sugerindo assim que, caso fossem realizadas mais administrações diárias e/ou por período maior de dias, possivelmente haveria também alterações nos resultados do tamanho do hematoma. Os resultados apresentados nessa dissertação nos levam a concluir que o QU-N utilizada neste estudo pode ser promissora para futuros estudos para o tratamento da HI.