Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Delgado, Thamiris Fenalti |
Orientador(a): |
Netto, Carlos Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/179390
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Resumo: |
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) Hemorrágico representa mais de 10% de todos os casos de AVE e possui altas taxas de morbidade e de mortalidade. Os pacientes que sobrevivem a este evento permanecem com alguma disfunção motora, que algumas vezes é incapacitante. O extravasamento de sangue em um AVE hemorrágico ocorre, geralmente, em regiões onde há bifurcação de pequenas arteríolas penetrantes, como na região dos núcleos da base. O estriado, importante componente dessa região, está relacionado a funções motoras superiores, como o planejamento e a execução do movimento. Alguns estudos demonstram que o pré-condicionamento (PC) isquêmico pode gerar a tolerância a outros eventos que acometem o sistema nervoso. O PC é definido como fenômeno decorrente da exposição de um tecido ou órgão a um insulto sub-letal capaz de resultar em adaptações determinantes para a tolerância tecidual. Isso ocorre mesmo quando esses dois estímulos são de origens diferentes; neste caso diz-se que o PC desenvolveu tolerância cruzada. Desta forma, o presente estudo dedicou-se ao estudo de efeitos celulares e funcionais do pré-condicionamento isquêmico, por oclusão bilateral das artérias carótidas durante 10 minutos, sobre o modelo de hemorragia intracerebral (HIC), por administração intraestriatal de colagenase do tipo IV-S em ratos. A hipótese de trabalho era de que o PC causaria tolerância cruzada para a HIC, e consequente neuroproteção avaliada por testes motores, volume de lesão, com envolvimento de astrocitose e de micróglia reativa Foram usados 67 ratos machos Wistar adultos, divididos em 4 grupos: Sham (controle cirúrgico), PC, HIC, PC+HIC. Assim, os animais dos grupos PC e PC+HIC foram submetidos ao pré-condicionamento e 24 horas depois os animais HIC e PC+HIC receberam a injeção de colagenase, enquanto os animais Sham e PC receberam uma injeção de salina. A avaliação motora dos animais foi realizada a partir dos testes do cilindro e do Staircase. Trinta e quatro dias após a HIC os animais foram perfundidos e o estriado ipsilateral à injeção foi dissecada para obtenção de amostras teciduais necessárias à avaliação da perda tecidual e quantificação de intensidade de fluorescência de GFAP (proteína glial fibrilar ácida) e OX-42, importantes marcadores de astrócitos e microglia, respectivamente. Os resultados demonstram que: a) a HIC causa deficits motores em ambos os testes realizados, e que o PC reverte este efeito; b) a HIC causa lesão estriatal que não é revertido pelo pré-condicionamento; c) a HIC causa aumento da intensidade de fluorescência para GFAP e para OX-42, e o PC reverte apenas a reatividade da micróglia. Em conjunto, sugere-se que o pré-condicionamento isquêmico causa tolerância cruzada com a hemorragia intracerebral experimental, resultando em proteção funcional, mas não morfológica, possivelmente associada a uma diminuição da reatividade da microglia após o evento hemorrágico. |