Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Meirelles, Maria Helena de Athayde |
Orientador(a): |
Fraga, Deborah Bittencourt Mothé |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58289
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A urbanização é um processo que afeta diversos fatores relevantes para a Leishmaniose Visceral (LV). Devido a essa influência, características próprias da doença foram gradualmente adaptadas diante de uma nova realidade, acompanhando a progressão do processo de urbanização, tornando o cão o principal reservatório da doença em áreas urbanas. O aumento no número de casos da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) resulta em um aumento de casos em humanos, tornando-se tópico de grande importância para a Saúde Pública. A associação do processo de urbanização com o aumento de diversos tipos de doenças como a LV e LVC, está intimamente relacionada à implementação de uma urbanização desordenada e sem planejamento. OBJETIVO: Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar possíveis associações entre as alterações ambientais e socioeconômicas relacionadas ao nível de urbanização em Camaçari – BA com o número e distribuição de casos de Leishmaniose Visceral Canina no período de 2011 a 2015. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de corte transversal baseado em dados do censo demográfico (IBGE - 2010) e dados coletados de estudos realizados nos períodos de 2011 a 2012 e de 2014 a 2015. Foram realizadas análises espaciais, produzindo mapas de kernel, implementando Buffer nos locais de captura do L. longipalpis e classificação das áreas quanto a urbanização, além da análise dos dados dos questionários e do censo avaliando os dois períodos. RESULTADOS: Os resultados demonstraram um aumento da frequência relativa de casos positivos entre os períodos (p < 0,05), todavia com distribuições diferentes. Foi possível identificar áreas de aglomeração de casos em ambos os estudos, porém sem determinação de área de risco para a doença. Houve um aumento na porcentagem de residências que recebem incentivo do governo (p < 0,05). Nos dois períodos, foi possível observar casos positivos dentro dos buffers, com 75% de cães positivos no período 1 e 72,5% no 2, não havendo associação entre locais com captura de flebotomíneo e positividade para LVC. Não houve associação de captura de flebotomíneos com características domésticas e sociodemográficas. Foi possível identificar que houve associação entre a ocorrência de LVC nas residências e elementos como a presença de lixo associada a aumento de 1,35 vezes na prevalência, presença de esgoto a céu aberto com 0,54 e presença de área urbana com 1,31. A classificação da urbanização demonstrou um aumento entre os períodos em todos os distritos (p<0,05), explicitando que houve aumento de urbanização no município. Houve correlação positiva entre as variáveis pessoa residente de cor preta, abastecimento de água de rede geral e coleta de lixo com presença de residências positivas para LVC. CONCLUSÕES: Foram identificadas características relacionadas ao aumento da prevalência de LVC como localização em área urbana e presença de lixo acumulado e correlações com fatores associados a urbanização como abastecimento de água em rede geral e coleta de lixo e fatores sociais como pessoa residente de cor preta, possibilitando um melhor foco e investimento, de forma apropriada, na prevenção e controle da Leishmaniose Visceral Humana e Canina em áreas que se apresentam em processo constante de urbanização |