Avaliação epidemiológica da leishmaniose visceral canina na Paraíba.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25727 |
Resumo: | A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose de grande importância para a Saúde Pública e endêmica em diversas regiões do Brasil; a presença da enfermidade nos cães costuma preceder os casos humanos. O Capítulo I do presente trabalho objetivou estimar a prevalência da leishmaniose visceral canina (LVC) em municípios da microrregião de Umbuzeiro, Agreste Paraibano, e identificar os fatores de risco associados à sua ocorrência. Foram coletadas 540 amostras de sangue de cães das zonas urbana e rural dos municípios. A prevalência de LV foi determinada através das técnicas sorológicas ELISA/S7®, DPP® e EIELVC ®. Os fatores de risco foram determinados por meio das análises estatísticas uni e multivariada. A prevalência encontrada na microrregião foi de 12,8%. A prevalência por município foi de 10% em Aroeiras, 11% em Umbuzeiro, 18,8% em Gado Bravo e 13,8% em Natuba. Os fatores de risco encontrados para a microrregião foram: morar na zona rural (Odds Ratio = 2,280) e contato com equídeos (Odds Ratio = 4,326), enquanto que a alimentação com ração comercial associada à comida caseira se apresentou como um fator de proteção (Odds Ratio = 0,404). Observou-se que os cães que possuem contato com outros cães (Odds Ratio = 7,888), cães com mais de seis anos (Odds Ratio = 2,122) e fêmeas (Odds Ratio = 3,171) possuem mais chances de contrair a doença nos municípios de Umbuzeiro, Natuba e Gado Bravo, respectivamente, e alimentação com ração associada à comida caseira foi um fator de proteção em Aroeiras (Odds Ratio = 0,309). Através da citologia, observaram-se formas amastigotas apenas nas lâminas de baço em 20% dos animais avaliados. A presença de LVC amplamente distribuída nos municípios estudados e de fatores de risco para a infecção demonstram a necessidade de medidas de controle mais adequadas para a região. O Capítulo II teve como objetivo estimar a prevalência da LVC no município de São José de Espinharas, Semiárido Paraibano, identificar os fatores de risco e observar o padrão de distribuição espacial. Foram coletadas 223 amostras de sangue de cães da zona urbana e rural do município. A prevalência de LVC foi determinada através das técnicas sorológicas ELISA/S7® e DPP®. Os fatores de risco foram determinados por meio das análises estatísticas uni e multivariada. A análise espacial foi realizada nos programas QGIS, SatScan e Google Earth a partir das coordenadas obtidas por GPS (Global Position System). A prevalência encontrada no município foi de 8,5%. Na zona rural, o contato com pequenos ruminantes foi identificado como fator de risco para a infecção (Odds Ratio = 4,621). Os casos de LVC se concentraram em áreas com desmatamento da vegetação local nas zonas rural e urbana. Na zona urbana, foi identificado um cluster com risco mais elevado em uma área periférica. Os dados obtidos demonstram a distribuição da LVC por todo o município, porém apresentando áreas com maiores concentrações, sendo sugerida a realização de medidas de controle que as priorizem, de acordo com os fatores de risco encontrados. |