Distribuição espacial, georreferenciamento e epidemiologia da leishmaniose visceral na Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LINS, Suzana Cavalcante.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25662
Resumo: A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica, crônica, sistêmica, endêmica em 12 países das Américas, em franca expansão no Brasil e considerado um problema de saúde pública. O Capítulo I, o objetivo foi analisar a distribuição geoespacial dos casos da leishmaniose visceral humana no estado da Paraíba no período de 2001 a 2018. Foram utilizados os dados do SINAN, do Ministério da Saúde. Encontrou-se 742 casos notificados confirmados da LVH na PB, durante o período estudado. O ano em que mais ocorreram casos foi 2001 (102 casos), a maior incidência foi em Catolé do Rocha com 34,60 casos/100 mil habitantes, e o município com mais notificações foi João Pessoa (77 casos). Homens, pardos, residentes da zona urbana, de 4 a 7 anos de escolaridade e com cura em evolução dos usuários foram os mais acometidos com LVH. Ao longo dos anos, observou-se uma interiorização dos casos de leishmaniose visceral no estado da Paraíba no período estudado. No Capítulo II deste trabalho, objetivou-se analisar a distribuição espacial e epidemiologia dos casos de LVC no município de Sousa-PB, para identificar prevalência e possíveis fatores de risco ou fatores de proteção da doença em cães na localidade. Foram coletadas 306 amostras sorológicas de cães da zona urbana de Sousa-PB, realizados os TR DPP e ELISA, ambos da Bio-Manguinhos, onde o animal foi considerado positivo ao ser reagente nos dois testes. Foram aplicados questionários sócioepidemiológicos com os tutores dos animais e coletadas as coordenadas geográficas das residências dos tutores. A prevalência de LVC foi de 19,3%, apresentando 59 animais sororreagentes. Animais adotados de rua, contato com felinos e renda ≥ 2 salários mínimos, foram apontados como fatores de proteção. Animais adotados de outro tutor foram identificados como fator de risco. Observou-se que não houve formação de cluster significativa através da varredura realizada no software SatScan, porém apresentou espacialmente distribuída em toda a zona urbana, analisada através da densidade de Kernel. O aumento da prevalência de LVC em Sousa indica necessidade de intensificar as ações de controle da doença.