Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moitinho Junior, Valdomiro Silveira |
Orientador(a): |
Cunha, Antonio Ricardo Khouri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32380
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Resumo: |
A leishmaniose é uma zoonose amplamente disseminada em mais de 90 países, que já afeta 15 milhões de pessoas em todo o mundo e cresce a uma taxa de 1,6 milhão de novos casos por ano. A forma clinica mais frequente da doença é a leishmaniose cutânea localizada (LCL). Geralmente, pacientes acometidos por LCL apresentam uma única lesão que começa no local de entrada do parasito (Leishmania braziliensis), como pequenas pápulas que evoluem para nódulos e ulceram no centro. Alguns estudos têm buscado esclarecer os mecanismos que controlam o desenvolvimento destas lesões e a resposta imune envolvida. Neste sentido, técnicas de médio/alto rendimento têm revelado genes e mecanismos imunológicos importantes na progressão da doença. OBJETIVO: Identificar as principais moléculas e vias relacionadas à patogênese da leishmaniose cutânea humana ex vivo e definir, através de análise in silico, mecanismos de proteção/susceptibilidade. MÉTODO: Exploramos biópsias de lesões de pele usando técnicas de médio rendimento para quantificar a expressão de genes nCounter (NanoString) em pacientes recrutados durante visitas médicas a áreas endêmicas do Vale de Jiquiriçá, Bahia. Associamos as técnicas de citometria de fluxo in silico e o Ingenuity Pathway Analysis (IPA) para analisarmos a expressão gênica e os mecanismos biológicos envolvidos na LCL humana. RESULTADOS: A análise transcriptômica de 601 genes da resposta imune do hospedeiro, 4 genes de Leishmania braziliensis e 1 gene de Staphylococcus aureus foi capaz de diferenciar dois grupos de lesões com perfil de resposta imune distintos associado a presença ou ausência de Leishmania braziliensis. Dados clínicos epidemiológicos indicam que as lesões com presença de transcritos de Leishmania braziliensis são mais recentes do que as lesões que não foram detectados transcritos. A avaliação por citometria de fluxo in silico revelou um predomínio de células pertencente à imunidade inata em lesões com presença de transcritos de Leishmania braziliensis (iniciais) e predomínio de células da imunidade adaptativa em lesões que não foram detectados transcritos de Leishmania braziliensis (tardias). As análises de expressão gênica integrada do IPA revelaram principalmente um mecanismo contínuo de destruição da matriz extracelular. CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem uma relação entre a assinatura transcriptômica de lesões iniciais com a presença do parasito e de células da resposta imune inata. Além disso, confirmamos a participação de vias associadas à inflamação na progressão da doença. Finalmente, revelamos a presença de uma via de degradação de matriz extracelular duradoura em lesões de pacientes com LCL. |