Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Pedro Paulo Oliveira |
Orientador(a): |
Bacellar, Maria Olívia Amado Ramos |
Banca de defesa: |
Antonelli, Lis Ribeiro do Valle,
Brodskyn, Claudia Ida,
Prates, Deboraci Brito,
Carvalho, Natália Barbosa,
Bacellar, Maria Olívia Amado Ramos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30981
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Resumo: |
Introdução: A Leishmaniose cutânea humana (LC) causada por Leishmania braziliensis caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão, geralmente única, e por uma forte resposta inflamatória que está associada ao desenvolvimento da úlcera leishmaniótica. Os monócitos/macrófagos são as principais células que albergam o parasito e também são responsáveis pela sua destruição. Monócitos/macrófagos de pacientes com LC infectados com L. braziliensis produzem mais moléculas inflamatórias quando comparado com células de controles sadios (CS), mas não tem capacidade de eliminar a leishmania. A via de sinalização dos receptores Toll-like (TLR) é um dos primeiros sistemas de defesa contra patógenos e leva à transcrição de mediadores inflamatórios como a produção de IL-1β e TNF durante a resposta imune inata. Recentemente nós documentamos que monócitos de pacientes com LC expressavam mais TLR2 e TLR4 do que células de CS e essa expressão estava associada a maior produção de TNF, principal citocina associada ao desenvolvimento da lesão na LC. O uso de drogas antagonistas de TLRs já tem sido avaliado em modelos pré-clínicos e clínicos de doenças inflamatórias. A nossa hipótese é que o bloqueio desses receptores pode atenuar a forte resposta inflamatória observada nessa doença. Objetivos: Avaliar o papel de antagonistas de TLR2 e TLR4 na modulação da forte resposta inflamatória observada na LC causada por L.braziliensis. Métodos: Monócitos de pacientes com LC e de CS foram tratados com anticorpos bloqueadores de TLR2 e TLR4 e infectados com L.braziliensis. A expressão da explosão respiratória foi analisada através da citometria de fluxo. A avaliação da infecção dos monócitos foi determinada por microscopia óptica. Células da lesão também foram tratadas com anticorpos bloqueadores de TLRs. A avaliação da produção de quimiocinas e citocinas foi avaliada através de citometria de fluxo e da tecnica imunoenzimática (ELISA). Resultados: A expressão de TLR2 e TLR4 ex vivo e após infecção em monócitos de pacientes com LC foi maior quando comparado com monócitos de CS. O bloqueio de TLR2 e TLR4 reduziu a resposta oxidativa em células de pacientes com LC, mas não em células de CS. Após o bloqueio desses receptores o número de células infectadas e do número de parasitas internalizados diminuiu nos monócitos de pacientes com LC. O bloqueio simultâneo desses receptores também diminuiu a produção de IL1β e TNF por monócitos de pacientes com LC. Também foi observada uma diminuição da produção de TNF por células das biópsias após bloqueio simultâneo dos receptores. Conclusão: Os resultados desse estudo sugerem que os receptores TLR2 e TLR4 participam do processo de internalização da Leishmania braziliensis e da forte resposta inflamatória responsável pelo desenvolvimento da úlcera leishmaniótica. E abre pespectivas para o uso de drogas anti-inflamatórias, bloqueadoras desses receptores, como terapêutica associada ao tratamento convencional. |