Transgeneridade e modificação corporal: ampliação de cuidados na atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Padilha, Wandson Alves Ribeiro
Orientador(a): Melo, Camila Pimentel Lopes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/56755
Resumo: A identidade de gênero se refere ao gênero com o qual a pessoa se identifica, caracterizado pela maneira como os indivíduos se sentem e se percebem no mundo e de como desejam ser reconhecidos, independente do gênero atribuído no nascimento. Às pessoas que se identificam com o mesmo gênero que lhe foi designado ao nascimento, denominamos cisgênero. Todas aquelas que não se identificam com o gênero designado em seu nascimento, costumam ser identificadas como transgênero. Algumas pessoas trans, buscam o processo de hormonização para adquirir as características mais socialmente aceitas para o gênero com o qual se identificam. Esta pesquisa buscou evidenciar, através de revisão da literatura científica, os principais cuidados da população trans na Atenção Primária à Saúde (APS), no que tange ao processo de hormonização para modificação corporal. A presente revisão envolveu 14 estudos, localizados nas bases de dados LILACS e MEDLINE; publicados entre 2016 e 2021. Nos casos de mulheres trans e travestis, a hormonização é feita a partir do uso de anti-andrógenos e estrógenos. Já nos casos de homens trans e pessoas transmasculinas, o objetivo principal é a masculinização através do uso de testosterona. O médico de família e comunidade ocupa uma posição privilegiada na identificação precoce do sofrimento relacionado a questões de gênero e sexualidade, por acompanhar de perto o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo desde a gestação, nascimento, infância, adolescência até à idade adulta, tornando a APS um espaço potente de cuidado para as pessoas trans. Pretende-se que os resultados do presente estudo contribuam para a ampliação dos cuidados à saúde de pessoas trans na APS e que isto se traduza na melhoria do acesso, acolhimento e cuidados às pessoas trans, diminuindo as desigualdades em saúde e reafirmando os princípios do Sistema Único de Saúde.