Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pinna, Raquel Alves |
Orientador(a): |
Banix, Dalma Maria,
Ferreira, Joseli de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12017
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Resumo: |
Doenças negligenciadas tais como Malária e Leishmaniose são endêmicas em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. A coinfecção por diferentes parasitos é comumente observada na natureza e representa um desafio no estudo da ecologia dos parasitos e da saúde humana. Atualmente, não existem dados epidemiológicos a respeito das coinfecções por Plasmodium spp. e Leishmania spp. no Brasil, apesar da área de distribuição das duas doenças causadas por esses parasitos se sobreporem. Dentro desse contexto, achamos importante avaliar o impacto que uma infecção pode ter sobre a resposta imune e a evolução clínica da outra. Para tal, camundongos BALB/c foram coinfectados com P. yoelii 17XNL e L. braziliensis, L. major ou L. amazonensis e o curso das infecções e da resposta imunológica acompanhados por 77 dias. A coinfecção com diferentes espécies de leishmânia determina um curso distinto na infecção malárica. Assim, a coinfecção com L. braziliensis parece ter um efeito benéfico enquanto as coinfecções com L. major ou L. amazonensis aumentam a gravidade da malária levando a morte de alguns animais. Já a malária parece ter um efeito benéfico no desenvolvimento da leishmaniose causada por L. major ou L. amazonensis. O perfil da resposta imune foi determinado através de citometria de fluxo multiparamétrica em esplenócitos e da dosagem de citocinas séricas nos dias 5, 10, 17 e 77 após infecção com P. yoelii 17XNL. Foi verificada uma redução no percentual de células CD4+e CD8+no baço dos animais mono e coinfectados durante a fase aguda da malária Apesar disso, o percentual de células CD4+IFN-\F067+e CD4+IL4+aumentou nesse período. Além disso, o percentual de células CD4+IL10 maior no grupo dos animais coinfectados emrelação aos dos monoinfectados. Quanto às células CD8+, houve aumento percentual de células produtoras de IFN-\F067 e IL-4 nos grupos monoinfectado e coinfectados com P. yoelii 17XNL, durante a fase aguda da infecção malárica. Um aumento substancial no percentual de células CD8+IL10+, no dia 77, foi observado apenas nos grupos dos coinfectados com leishmânia. No grupo coinfectado com L. amazonensis houve uma aumento importante no percentual dessas células, no dia 5, aparentemente induzido pela L. amazonensis. O percentual de células CD4+CD2 +Foxp3+e CD4+ CD25+aumenta durante a fase aguda da malária nos grupos mono e coinfectados com P. yoelii 17XNL. Todos os grupos coinfectados apresentaram percentuais de células CD14+IL10+elevados no dia 77 em relação aos grupos monoinfectados. A concentração sérica das citocinas IFN-\F067, TNF, IL-6 e IL-10 aumentou durante a fase aguda da malária nos camundongos mono e coinfectados. Nos grupos coinfectados com P. yoelii 17XNL e L. braziliensis ou L. major, entretanto, esse aumento foi menor do que o grupo monoinfectado com P. yoelii 17XNL no dia 5. Em resumo, nossos dados sugerem que a coinfecção altera tanto a resposta imune quanto o curso da infecção por plasmódio ou leishmânia sendo essas alterações dependentes da espécie de parasito envolvida |