Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Isabella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-23042019-141848/
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Resumo: |
A imunidade à malária é de curta duração e os indivíduos curados são susceptíveis a reinfecções. Algumas evidências sugerem que a deficiência na produção de anticorpos específicos ao parasito possa explicar a dificuldade em se desenvolver uma resposta imune eficaz contra a malária. As células B são selecionadas em um ambiente altamente regulado, denominado centro germinativo, localizado nos órgãos linfoides secundários. A interação entre as células T foliculares (Tfh) e células B do centro germinativo permite a produção de plasmócitos de vida longa que secretam anticorpos com alta afinidade pelo antígeno e a geração de células B de memória. Estudos recentes mostraram que a sinalização do receptor P2X7 pelo ATP extracelular afeta a resposta das células T. Na infecção pelo Plasmodium chabaudi, o receptor P2X7 contribui para o controle do parasito favorecendo a produção de células Th1 produtoras de IFN-y em detrimento da população de células Tfh. Neste trabalho, buscamos avaliar a participação do receptor P2X7 na produção das células Tfh e células B do centro germinativo em camundongos infectados pelo Plasmodium yoelii 17XNL. Este estudo justifica-se uma vez que a proteção contra o P. yoelli 17XNL depende principalmente dos anticorpos, enquanto o IFN-y é essencial para o controle da infecção aguda pelo o P. chabaudi. Nossos resultados mostram que camundongos nocautes para o receptor P2X7 (P2X7-/-) apresentaram menores parasitemias que os camundongos C57BL/6 na fase aguda da infecção. Porém, o tempo decorrido até pico de parasitemia e o controle do parasito foram semelhantes em ambos os grupos. Observamos ainda uma anemia menos acentuada na ausência do receptor P2X7, mas este achado deve ser confirmado pois trata-se de um único experimento. Camundongos P2X7-/- infectados apresentaram maior aumento no número de células T CD4+, células Tfh, células B, células B do centro germinativo e plasmócitos no baço, em relação aos camundongos C57BL/6 infectados. Além disso, as frequências de células mortas nas populações de células T CD4+ e B eram menores na ausência do receptor P2X7. Entretanto, na fase aguda da infeção, os níveis séricos de anticorpos IgM e IgG2c específicos ao parasito eram semelhantes nos camundongos P2X7-/- e C57BL/6. Concluindo, este estudo mostra que o receptor P2X7 prejudica a expansão das populações de células Tfh e B do centro germinativo, assim como o controle da malária causada pelo P. yoelli 17XNL. |