Comparação do perfil dos macrófagos oriundos de camundongos BALB/c infectados com Leishmania (V.) braziliensis e Leishmania (L.) major

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ventura, Bianca Domingues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22819
Resumo: A infecção por Leishmania sp. produz um variado espectro de manifestações clínicas em humanos e animais. Os estudos usando modelos animais são valiosos para ajudar na compreensão da relação entre parasito-hospedeiro. Camundongos BALB/c são susceptíveis a infecção pela maioria das espécies de Leishmania, entretanto são considerados resistentes à L.braziliensis, pois apresentam pequenas lesões que regridem em poucas semanas. O macrófago é a célula hospedeira principal do parasito e também a célula efetora final, capaz de controlar a infecção. A resistência à infecção se correlaciona com uma resposta Th1 envolvendo macrófagos com fenótipo M1, enquanto a susceptibilidade à Th2-M2, sendo essa dicotomia Th1-Th2 bem evidenciada, sobretudo para infecção com L. major. O objetivo desse estudo foi avaliar comparativamente o perfil dos macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c infectados com L. braziliensis e L. major na orelha. Os macrófagos peritoneais foram analisados em três momentos diferentes da infecção 7, 15 e 21 dias após infecção (DPI). Nossos resultados mostraram que os animais infectados com L. braziliensis são capazes de controlar totalmente a lesão em 21 DPI, com pico em 15 DPI, como esperado. Os animais infectados com L. major desenvolveram lesões que aumentaram de forma progressiva. Macrófagos de BALB/c infectados com L. braziliensis apresentaram capacidade de controlar o número de amastigotas, quando infectados in vitro e aumentaram a produção de NO com 15 DPI. Analisamos as subpopulações de grandes macrófagos peritoneais (LPM) e pequenos macrófagos peritoneais (SPM) e observamos que a infecção com L. braziliensis, promoveu uma maior frequência dos marcadores M1, principalmente em 7-15 DPI quando comparado com L. major. A maior frequência de LPM com fenótipo M1 até 15 DPI e a produção de NO pode ter colaborado para a resolução da lesão e o perfil resistência dos camundongos BALB/c infectados com L. braziliensis. Do mesmo modo, os SPM que correspondem a menor população, também apresentaram um perfil M1. No geral, estes resultados concordam com a ideia de que a resistência à infecção por L. braziliensis se correlaciona com a indução de macrófagos classicamente ativados (M1), enquanto a infecção com L. major se correlaciona com a presença de macrófagos alternativamente ativados (M2) e não controle da infecção.