Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinna, Raquel Alves |
Orientador(a): |
Banic, Dalma Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/16799
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Resumo: |
Malária e leishmaniose cutânea são doenças endêmicas em países tropicais e subtropicais do mundo, colocando as populações sob o constante risco de coinfecções. Neste trabalho, foram avaliados o curso clínico, o nível de citocinas Th1 e Th2 e o perfil de células T CD4 e CD8 no modelo de coinfecção experimental em camundongos BALB/c infectados com Plasmodium yoelii (Py) e Leishmania braziliensis (Lb) ou Leishmania amazonensis (La). A parasitemia foi monitorada através de distensões sanguíneas coradas com Giemsa, as lesões foram avaliadas semanalmente com um paquímetro digital e a carga parasitária das lesões foi avaliada através da técnica de diluição limitante. Os níveis séricos de IFN-\03B3, TNF, IL-2, IL-4, IL- 6, IL-10 e IL-17 foram determinados através de um ensaio com beads magnéticas e a expressão de CD3, CD4 e CD8 em linfócitos do timo, baço e linfonodos foi determinada por citometria de fluxo. A parasitemia do grupo coinfectado Lb+Py foi menor do que a parasitemia do grupo infectado apenas com Py, sugerindo um efeito protetor da coinfecção no curso da malária. A coinfecção La+Py, ao contrário, apresentou parasitemias mais elevadas e induziram a morte dos animais na infecção com plasmódio murino não letal. Em relação à leishmaniose, o grupo Lb+Py apresentou lesões menores e com menos ulceração do que o grupo infectado apenas com Lb. Já no grupo La+Py foi observado apenas um atraso transitório no desenvolvimento das lesões em comparação ao grupo infectado apenas com La Níveis séricos mais baixos de IFN-\F067, TNF, IL-6 e IL-10 também foram verificados no soro dos animais coinfectados, demonstrando um efeito modulador da coinfecção com Leishmania na resposta imune à malária. No timo foi observada uma intensa atrofia no grupo infectado apenas com Py e nos grupos coinfectados. Contudo, a recuperação tímica do grupo coinfectado ocorreu mais cedo do que nos animais infectados apenas com Py. O perfil das células T CD4 e CD8 no timo, baço e linfonodos não apresentou diferenças, exceto pela diminuição das células CD4+CD8+ que aumentou mais rapidamente no grupo coinfectado. Em resumo, nossos resultados sugerem que a coinfecção por P. yoelii e Leishmania alteram o desfecho das doenças. O curso da malária é modificado dependendo da espécie de Leishmania coinfectante e a severidade da leishmaniose diminui, pelo menos transitoriamente, na coinfecção com plasmódio. Essas alterações parecem estar relacionadas com modificações na resposta imune dos grupos coinfectados em relação aos grupos coinfectados |