Resposta à Intradermorreação de Montenegro, tempo de evolução da lesão e a ocorrência de falha terapêutica na forma cutânea da leishmaniose tegumentar americana: um estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Antonio, Liliane de Fátima
Orientador(a): Silva, Aline Fagundes da, Pimentel, Maria Inês Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28518
Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença parasitária que acomete o homem através da picada de um inseto flebotomíneo infectado. No período de 2001 a 2010 foram confirmados 266.526 casos de LTA no Brasil. A intradermorreação de Montenegro (IDRM) é o teste mais utilizado para o diagnóstico rotineiro nos pacientes suspeitos de LTA principalmente pela alta sensibilidade, facilidade de aplicação e baixo custo. Uma questão fundamental é a relação entre o comportamento da IDRM e o prognóstico da LTA pós-tratamento. O presente estudo verificou a associação entre a resposta à IDRM e a ocorrência de falha terapêutica em pacientes com a forma cutânea da LTA, atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Trata-se de um estudo caso-controle retrospectivo, por meio da análise de prontuários de pacientes com a forma cutânea da doença, submetidos à IDRM, tratados com antimoniato de meglumina (Sb5+) por via intramuscular, na dose de 5 mgSb5+/kg/dia, e que apresentaram falha terapêutica, acompanhados entre 1989 e dezembro de 2009, comparando-os com um grupo-controle de pacientes atendidos no mesmo local, com características semelhantes, e que não apresentaram falha terapêutica no seguimento pós-tratamento Pacientes com falha terapêutica apresentaram reações de IDRM menos intensas que os doentes que evoluíram à cura clínica; já pacientes com IDRM mais intensas no momento do diagnóstico foram menos suscetíveis à ocorrência de falha terapêutica. A cada 10 milímetros de incremento na IDRM correspondeu um aumento de 74% na proteção do paciente contra a falha terapêutica. Além disso, a resposta terapêutica em pacientes com forma cutânea da LTA teve aproximadamente cinco vezes mais chance de falhar quando as lesões apresentadas tinham até dois meses de evolução. Portanto, o tratamento precoce, antes do estabelecimento de uma resposta imune celular eficaz, pode contribuir como um fator de falha terapêutica, assim como a maior intensidade de resposta à IDRM pode propiciar melhor resposta ao tratamento com antimonial, na LTA.