Avaliação dos sintomas auditivos decorrentes da toxicidade coclear pelo uso de antimoniato de meglumina no tratamento dos pacientes com leishmaniose tegumentar americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Torraca, Tania Salgado de Sousa
Orientador(a): Rosalino, Cláudia Maria Valete, Schubach, Armando de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19460
Resumo: Os antimoniais pentavalentes vêm sendo empregados há mais de 60 anos e continuam sendo os fármacos de primeira linha para o tratamento das leishmanioses. Esta tese é composta por dois artigos e teve como objetivo avaliar os sintomas auditivos decorrentes da toxicidade coclear de pacientes com leishmaniose tegumentar americana (LTA), tratados com diferentes esquemas de antimoniato de meglumina (AM), para descrever, comparar e avaliar as características da ototoxicidade, se existente, quanto ao início, dosedependência e reversibilidade, assim como avaliar a presença de outros fatores de risco associados à ototoxicidade por este fármaco. No primeiro artigo foi relatado o caso de um paciente masculino de 78 anos com LTA, que apresentou um aumento expressivo dos limiares auditivos com zumbido e tontura rotatória grave durante o tratamento com AM, tendo os sintomas piorado até duas semanas após a interrupção do tratamento. No segundo artigo foi realizado um estudo prospectivo e longitudinal em 80 pacientes com LTA, participantes de um ensaio clínico e tratados com diferentes esquemas terapêuticos de AM, com o objetivo de associar fatores sociodemográficos, clínicos e terapêuticos à ocorrência de toxicidade auditiva nestes pacientes. Conclusões: Observamos que a toxicidade auditiva sintomática pelo AM ocorre no tratamento de pacientes com LTA, independentemente da dose utilizada, sendo na maioria reversível até 30 dias após a interrupção do tratamento, e estando associada a danos cocleares prévios e provavelmente ao uso concomitante de anti-hipertensivos. Adicionalmente observamos que pode haver surgimento ou mesmo piora dos sintomas auditivos mesmo após a interrupção do tratamento, provavelmente em associação com o fato do AM ser um fármaco de depósito