Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Julia Costa de Faria |
Orientador(a): |
Lyra, Marcelo Rosandiski,
Pimentel, Maria Inês Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53321
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Resumo: |
Introdução: A leishmaniose cutânea (LC) é a forma clínica mais comum das leishmanioses no Brasil e a medicação padrão pelo Ministério da Saúde (MS) é o antimoniato de meglumina (AM), 10 a 20 mg Sb5+/kg/dia por via intramuscular (IM). Em um ensaio clínico realizado na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) entre 2008 e 2016, com diferentes doses de AM IM, para pacientes com LC, foram observadas diferenças na eficácia e segurança entre os tratamentos utilizados. Entretanto, a evolução das lesões não foi avaliada. Justificativa: O critério de cura da LC é clínico, sendo importante a padronização de conceitos sobre a evolução das lesões cutâneas, durante e após o tratamento, para que a verificação da resposta terapêutica e identificação de possível insucesso após uma resposta inicial aparentemente bemsucedida, sejam realizadas de modo uniforme em diferentes estudos. Dessa forma, podemos comparar experiências terapêuticas diversas. Objetivos: Comparar a evolução das lesões cutâneas nos pacientes de LC tratados com AM IM, 5 ou 20 mg Sb5+/kg/dia, contínua ou intermitente, e os tempos para alcançar cada etapa da cicatrização, comparando com os critérios de cura do MS. Métodos: Analisamos 55 prontuários dos participantes do “Ensaio clínico controlado, randomizado, duplo-cego e de fase III para verificar a equivalência da eficácia e comparar a segurança entre o esquema padrão e alternativos com antimoniato de meglumina no tratamento da leishmaniose cutânea”, contendo dados coletados por profissionais com ampla experiência em LC, em tempos predeterminados, antes, durante após o tratamento com AM. Os tempos para ocorrência de resposta terapêutica imediata (epitelização) e tardia (cicatriz) das úlceras cutâneas, assim como o tempo para atingir todas as etapas de sua cicatrização (desaparecimento de crosta, descamação, infiltração e eritema), foram avaliados a partir de curvas de sobrevivência de Kapplan Meyer, comparadas, por teste de Log-Rank. Resultados: Não houve diferença entre os tempos das etapas de cicatrização entre os grupos dose padrão e alternativa (contínua ou intermitente). As lesões abaixo do joelho demoram mais tempo para epitelizar. Surpreendentemente, pacientes com maior número de lesões, epitelizaram em menor tempo. Conclusão: O critério do MS de epitelização após 90 dias de tratamento não deve ser utilizado isoladamente para avaliar sucesso terapêutico com AM, visto que todos os pacientes apresentaram epitelização no tempo sugerido, inclusive os que tiveram insucesso terapêutico (não cicatrizaram posteriormente). O tempo de 180 dias sugerido pelo MS para a cicatrização foi compatível com o observado em nosso estudo para a maioria dos pacientes. Entretanto, ênfase deve ser dada ao processo de cura e não a limites estanques de tempo no acompanhamento dos pacientes com LC após tratamento com AM para LC |