Assistência farmacêutica na atenção primária de saúde no município do Cazenga, Luanda, Angola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fuvelo, Tando
Orientador(a): Luiza, Vera Lucia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24279
Resumo: Este foi um estudo transversal e descritivo que teve como objetivo avaliar aspectos da Assistência Farmacêutica na atenção primária no município de Cazenga, Angola. A avaliação foi realizada com base na adequação da prática prescritiva e da assistência em saúde considerando aspectos relacionados com a assistência farmacêutica e da dispensação de medicamentos, tendo em vista a assegurar a qualidade dos medicamentos e a promoção de seu uso racional relacionado ao diagnóstico, em relação aos Manuais de Prescrição de medicamentos Essenciais. Utilizou-se um conjunto de indicadores da Assistência Farmacêutica adaptados a partir de proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS). O estudo foi conduzido em 11 Unidades de Atenção Básica do Município.no período de 30 dias,,durante os meses de Abril e Maio de 2011. Foram utilizados instrumentos de coleta de dados com perguntas fechadas para entrevistar usuários na análise dos conhecimentos da utilização de medicamentos prescritos, tempo de permanência na consulta e de dispensação. Foram recolhidas receitas para observar a conduta de prescrição de medicamentos e as condições de estocagem também foram observadas. Cerca de 95% das receitas da atenção primária em Angola são feitas por técnicos de saúde. Quanto à prática prescritiva, encontrou-se em média 2 a 3 medicamentos por receita, sem diferenças importantes entre as unidades de saúde ou entre as especialidades. Encontrou-se que 45,4% das receitas continham antibióticos e 0,8% injetáveis. Quanto à assistência ao paciente, encontrou-se tempo médio de consulta e dispensação de 19 e 5 minutos, respectivamente. Quanto às práticas de dispensação, 88.8% dos pacientes conheciam a dose a tomar. Os piores resultados foram quanto a organização dos serviços de dispensação, em que nenhuma das unidades cumpriu com os requisitos de adequação do ambiente e somente cinco cumpriram os requisitos de higiene da farmácia. Ainda que a maioria dos resultados tenha evoluído em relação ao estudo realizado em 2000, ainda há problemas importantes, principalmente quanto organização do serviço e à disponibilidade de medicamentos.