A assistência farmacêutica no cuidado a saúde na atenção básica : tão perto, tão longe
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5157454 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/41868 |
Resumo: | Introdução: A distribuição de medicamentos é parte integrante do SUS, sendo a alternativa terapêutica mais utilizada na rede de assistência aos pacientes. Entretanto, é preciso uma visão ampliada quanto à forma de utilização dos insumos farmacêuticos pelos usuários, uma vez que a racionalidade do uso de medicamentos está diretamente relacionada à qualidade do serviço de saúde e constitui um elemento importante para a avaliação do mesmo. Objetivo: É diante deste cenário, que o objetivo desse trabalho, foi caracterizar elementos da assistência farmacêutica no cuidado à saúde na ABS. Método: Do ponto de vista metodológico, optou-se por analisar o material de uma investigação de natureza cartográfica, realizada no ano de 2014 em sete UBS, e a partir deste empírico identificar cenas do cotidiano, que conectadas umas às outras, produziram planos de visibilidade para a questão do uso de medicamentos e da assistência farmacêutica. Além disso, foi realizado um seminário compartilhado junto aos atores institucionais das UBS estudadas, onde novos e marcantes elementos da assistência farmacêutica surgiram, abrindo a possibilidade de novas perspectivas sobre o material empírico e representando um novo momento de produção/ampliação do campo. Resultados: A partir dos planos de visibilidade foi possível identificar o hiato que existe, entre as diretrizes políticas relacionadas à assistência farmacêutica e o cotidiano na atenção básica: o uso (ir)racional de medicamentos e o papel que o profissional farmacêutico vem desempenhando. O estudo permitiu constatar também o quanto a farmácia é um observatório privilegiado da gestão e produção do cuidado, sendo um poderoso analisador deste cuidado: a conturbada relação entre a autonomia médica e a assistência farmacêutica; o agir do usuário e seu protagonismo; o isolamento do setor e equipe de farmácia. Conclusão: Ao contrastar aquilo que é prescrito na política com o material empírico, foi possível dissipar algo como uma cortina de fumaça, que se faz presente no cotidiano do trabalho na atenção básica e omite uma realidade muito distante daquilo que se considera como desejável, quando pensamos em termos da assistência farmacêutica. O que acontece depois que o usuário deixa a UBS com sua sacola cheia de medicamentos retirados na farmácia, parece ainda ficar oculto aos olhos dos profissionais de saúde. Ainda existe um longo caminho a ser percorrido até que de fato os serviços clínicos farmacêuticos incorporem os serviços básicos de saúde. |