Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Bernardo Acácio Santini |
Orientador(a): |
Alves, Carlos Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4112
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Resumo: |
A leishmaniose é uma doença antropozoonose que afeta 88 países, o que denota a importância da realização de estudos que permitem o desenvolvimento de novas estratégias de vacinação ou quimioterapias. Os agentes etiológicos dessa doença são espécies do gênero Leishmania, sendo que, no Brasil, a Leishmania (Leishimania) amazonensis está relacionada à forma tegumentar da leishmaniose e está expandindo sua área de distribuição geográfica. O modelo murino de infecção experimental tem sido largamente empregado nos estudos de leishmanioses, por permitir o controle das características do hospedeiro e a análise de aspectos específicos da doença. O presente estudo tem por objetivo verificar a atuação de fatores de interação parasito-hospedeiro nesse modelo de infecção utilizando linhagens de camundongos comdiferentes graus de susceptibilidade. Para tanto, efetuamos o seqüenciamento da extensão COOH-terminal de um tipo específico de cisteína proteinase (CP) do parasito, a CPB, e, em seguida, o mapeamento in silico de epitopos de MHC classe I nessa seqüência. Os epitopos preditos foram então sintetizados e utilizados em ensaios in vivo (vacinação) e in vitro (indução de blastogênese e de expressão de citocinas e efeitos sobre os linfócitos T CD4+ e CD8+). Alguns desses epitopos preditos demonstraram efeitos antigênicos nos ensaios in vitro, porém sem efeitos perceptíveis nos ensaios in vivo. Os epitopos preditos P4 e P5 induziram a blastogênese em culturas de células de camundongos BALB/c (mais susceptíveis a Leishmania), enquanto P2, P8 e P9 o fizeram em células de células de camundongos CBA (menos suscetíveis). Os epitopos P5, P6 e P8 também promoveram alterações nas porcentagens dos linfócitos CD4+ ou CD8+ em culturas de células de camundongos BALB/c. Quanto à indução da expressão de citocinas, os epitopos P1 e P2 (em BALB/c) e P2 e P3 (em CBA) induziram à expressão de citosinas relacionadas à resposta imune tipo Th1; P6 (em BALB/c) e P8 (em CBA) à expressão de citosinas da resposta Th2; e P4 (em BALB/c) e P9 (em CBA) à expressão de citosinas dos dois tipos de resposta imune. Ensaios de Molecular Doking foram utilizados para auxiliar na compreensão dos fenômenos de interação nos complexos epitoppos/MHC, apontando para padrões de interação associados aos padrões de indução da expressão de citocinas. Adicionalmente, foram efetuados ensaios de PCR em tempo real para se analisar os padrões de expressão de genes de moléculas de MHC do hospedeiro e de CPs do parasito ao longo da infecção, que indicam distinções na expressão de genes de MHC classes I e II entre as linhagens murinas e na expressão de CPs pelo parasito, o que pode estar relacionado às diferentes formas de progressão da infecção nessas linhagens. Os resultados obtidos nesse estudo complementam os dados da literatura sobre as interações parasito-hospedeiro na infecção experimental murina e apontam para novas estratégias de análise dessas interações em leishmaniose |