Expressão de RNAm de quimiocinas e citocinas na resposta imuno-inflamatória in situ de camundongos CBA infectados com diferentes especies de Leishmania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Welby, Marcus Borges
Orientador(a): Freitas, Luiz Antonio Rodrigues de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34484
Resumo: Camundongos CBA são resistentes a infecção com L. major (Lm) e altamente susceptíveis a L. amazonensis (La). A resistência à infecção por Lm é mediada por uma resposta imune do tipo Th1 enquanto a susceptibilidade a La está associada com uma resposta imune do tipo Th2. As lesões de camundongos CBA infectados com L. major apresentam um infiltrado mononuclear misto, composto por poucos macrófagos infectados, granulomas e um aumento progressivo do número de linfócitos na lesão. Camundongos CBA infectados com L. amazonensis apresentam uma reação tecidual caracterizada pela presença de um infiltrado monomórfico, com macrófagos altamente parasitados e poucos linfócitos nas lesões desses animais. Considerando-se o papel de quimiocinas nos eventos relacionados com o recrutamento de leucócitos para os sítios inflamatórios, F-tés analisou-se se as diferenças existentes na composição do infiltrado de lesões de camundongos infectados com Lm ou La correlacionam-se com uma expressão diferenciada dessas moléculas. Para isso, infectou-se camundongos CBA com 5x106 promastigotas de L. major (Lm), L. amazonensis (La) e avaliou-se a expressão de RNAm para CXC quimiocinas (KC, MIG e CRG-2), CC quimiocinas (JE, MCP-5 e RANTES) e algumas citocinas (TNF-a e IL-4) nas lesões desses animais através da técnica de RT-PCR semi-quantitativa. Os resultados apresentados demonstraram que a expressão de RNAm para as quimiocinas MIG e MCP-5 foi significativamente maior nas lesões de camundongos do grupo Lm nos diferentes períodos após infecção. Camundongos infectados com La apresentaram uma baixa expressão de MIG, CRG-2, KC e TNF-a no primeiro dia após a infecção e um aumento na expressão de IL-4 no 40° dia. Esses dados demonstram uma expressão diferenciada de RNAm para quimiocinas e citocinas em camundongos CBA infectados com Lm e La que pode estar relacionada com os diferentes perfis de infiltrado inflamatório e resposta imuno-celular envolvidos com resistência ou susceptibilidade.