Corpúsculos e mediadores lipídicos na resposta inflamatória a saliva de Lutzomiya longipalpis durante a infecção com Leishmania chagasi Corpuscles and lipid mediators in the inflammatory response to the saliva of Lutzomyia longipalpis during infection with Leishmania chagasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Théo de Araújo
Orientador(a): Borges, Valéria de Matos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34859
Resumo: Lutzomyia longipalpis é o principal transmissor da Leishmania chagasi, agente etiológico da leishmaniose visceral (LV), a forma mais letal da doença. A saliva de L. longipalpis possui moléculas capazes de modular as repostas hemostática, inflamatória e imunológica do hospedeiro, favorecendo o estabelecimento da infecção. Entretanto, poucos trabalhos têm abordado o papel da saliva de L. longipalpis na indução de mediadores lipídicos e sua implicação nos momentos iniciais da infecção por Leishmania. Neste trabalho, investigamos o papel do sonicado de glândula salivar (SGS) de Lutzomyia longipalpis na indução da formação de corpúsculos lipídicos (CL) e produção de mediadores lipídicos durante os estágios iniciais da infecção por Leishmania chagasi. O SGS foi capaz de induzir in vitro a formação de CLs e a produção de PGE2 em macrófagos murinos. Durante a infecção de camundongos C57BL/6 por L. chagasi, a presença de saliva de L. longipalpis aumentou a formação de CLs em macrófagos após 3 horas de estímulo, o que esteve correlacionado com o aumento do influxo de células para o sítio inflamatório, principalmente neutrófilos. A infecção de L. chagasi em presença do SGS de L. longipalpis induziu a produção de LTB4 e PGE2 em leucócitos peritoneais ex vivo. Após 3 horas, macrófagos e neutrófilos infectados, bem como a interação entre essas células foram observadas. O percentual de macrófagos infectados e o número de parasitas por macrófago esteve reduzido durante a infecção em presença de SGS. O conjunto dos nossos resultados indica que a saliva do vetor desempenha um papel importante na modulação da inflamação durante os estágios iniciais da infecção por L. chagas i e abre novas perspectivas para o entendimento da imunopatogênese da leishmaniose visceral.