Estudo da leishmaniose visceral canina e dos vetores de leishmanioses no município de Mirandópolis, região noroeste do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Odorizzi, Rosa Maria Ferreira Noguerol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13092022-174142/
Resumo: Objetivos - Identificar a soro-prevalência da leishmaniose canina atual e realizar estudo da bio-ecologia de vetores de leishmanioses em área urbana e rural e em áreas de várzea do rio Feio do município de Mirandópolis. Métodos - Os flebotomíneos foram capturados com armadilhas automáticas luminosas, instaladas das 18:00 às 7:00 horas, durante um ano, em 10 peridomicílios distribuídos nas zonas urbana e rural e em dois locais(varanda e mata) localizados às margens do rio Feio no município de Mirandópolis. As capturas nas zonas urbana e rural foram realizadas duas vezes por mês e no rio Feio foram mensais. Amostras de sangue de 240 cães foram coletadas e acondicionadas em tubo seco e em tubo contendo EDTA e mantidas a -20ºC até o processamento por teste imunoenzimático (ELISA) e reação em cadeia pela polimerase (PCR). Apenas 24 amostras de creme leucocitário, das 240 mencionadas anteriormente, foram testadas por PCR Resultados - Nas áreas urbana e rural, um total de 84 espécimes de flebotomíneos foram capturados, destes apenas 55 foram identificados como Lutzomyia longipalpis, sendo estes mais freqüente no verão e apresentou correlação positiva (Pearson) para o índice pluviomético (r =0,51) e temperatura (r = 0,56), respectivamente. Um total de 35.995 espécimes foram capturados na várzea do rio Feio, representado quase que exclusivamente por Nyssomyia neivai, que apresentou a média de Williams mais elevada no inverno. Neste local, capturou-se também um espécime de Psathyromyia (Xiphomyia) hermelenti, sendo este o primeiro registro dessa espécie no Estado de São Paulo. O teste ELISA revelou um alto índice de animais soro reagentes (60,8%) e a grande maioria destes 73,9% eram assintomáticos. Leishmania (Leishmania) chagasi foi identificada por PCR em creme leucocitário de quatro cães. Conclusões - Embora no presente estudo a soro-prevalência canina tenha sido trinta e cinco vezes maior do que a obtida em 2000, a densidade de Lutzomyia longipalpis durante o período de mostrou-se bastante reduzida, sugerindo que outros mecanismos de transmissão possam estar envolvidos. Além disto, a alta densidade de Nyssomyia neivai, um dos vetores suspeitos de transmitir a leishmaniose tegumentar americana nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, na várzea do rio Feio apontam para o risco de transmissão noturna dessa doença, para humanos, principalmente nos períodos mais secos do ano.