A presença da Química nos museus e centros de ciência do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Ludmila Nogueira da
Orientador(a): Grynszpan, Danielle
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13993
Resumo: Comprometidos com a função de difusão científica, os museus e centros de ciência podem estar colaborando com um processo de letramento científico, ligado ao favorecimento de uma visão ampla das ciências da vida entre seus visitantes. Nesse sentido, a inserção de conhecimentos químicos nesses espaços seria fundamental, a fim de proporcionar uma compreensão maior e melhor das transformações químicas presentes no tempo e no espaço do cotidiano das pessoas. No presente estudo, avaliamos a presença de conhecimentos químicos nas instituições museais da região metropolitana do Rio de Janeiro, pautados na museologia e museografia destes espaços. A pesquisa qualitativa de cunho etnográfico foi desenvolvida por meio de análise documental, observações de campo e entrevistas não diretivas com os profissionais-chave do museu e centros de ciência selecionados, a fim de estudar a situação e os obstáculos à presença/ ausência da divulgação de conhecimentos químicos. Procuramos, ainda, colher dados sobre as trajetórias e influências de umas instituições sobre as outras \2013 na medida em que atores sociais são formados e circulam pelo campo da difusão científica no Estado do Rio de Janeiro \2013 sendo analisados à luz da teoria bourdieuana, a partir dos conceitos de campo, habitus e capital Os resultados indicam que os conhecimentos químicos aparecem de forma integrada às diferentes temáticas das exposições, módulos, e/ou atividades das instituições museais arroladas. Verificamos as fortes influências interinstitucionais, no que tange à expografia dos espaços, contribuindo para a presença de conhecimentos químicos, assim como nas opções museográficas destas instituições realizadas a partir das influências e parcerias realizadas, considerando-se o contexto temporal \2013 sobretudo, no Ano Internacional da Química. Atribuímos, ainda, a dificuldade de módulos ou oficinas com conhecimentos químicos devido às necessidades específicas para a realização de atividades, como a utilização de reagentes, a manipulação por mediador/profissional capacitado para a realização da atividade e o caráter demonstrativo das oficinas. Esperamos que, por meio desta pesquisa, os museus e centros de ciência do Rio de Janeiro, e, talvez, do Brasil, possam refletir sobre as opções museográficas realizadas, assim como refletir acerca da museologia do local, objetivando maior apropriação dos conhecimentos pelos visitantes.