Materializando o futuro? a construção do discurso expositivo no Museu do Amanhã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Júlia Botelho
Orientador(a): Rocha, Luisa Maria Gomes de Mattos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48624
Resumo: Desde, pelo menos, a Revolução Industrial, museus de ciência têm se constituído como ambientes de Divulgação Científica (DC). De lá para cá, a sociedade se modificou com e por intermédio da Ciência e Tecnologia (C&T), atribuindo novos objetivos, utilizações e importância aos museus e à divulgação de ciência. Apesar disso, exposições museológicas são consideradas, até os dias de hoje, importantes locais de e para a DC. Entendendo sua relevância, e em busca de uma melhor compreensão sobre como a ciência é comunicada ao público nesses espaços, este estudo propõe a análise da exposição principal do Museu do Amanhã (Rio de Janeiro/RJ), com o objetivo de identificar de que maneira se constrói o discurso da exposição a partir de seu design e conteúdo textual, e como C&T estão (re)apresentadas no e por esse discurso expositivo ao público. Com esse intuito, lançaremos mão da metodologia de avaliação de exposições de Marília Xavier Cury (2005 e 2012), especificamente da Avaliação Técnica - que nos permitirá um profundo entendimento da exposição através da análise do projeto executado, a fim de identificar possíveis influências deste na apropriação do conteúdo -, em conjunto com a metodologia da Análise de Conteúdo tal como proposta por Bardin (1977) para analisar os textos da exposição - no intuito de identificar possíveis relações desses com a proposta institucional do Museu do Amanhã, bem como de que forma se encontram (ou não) refletidos no design expositivo e vice-versa -, ambas análises perpassadas pela recognição de aproximações entre o discurso da exposição e os Modelos Conceituais de Comunicação Pública da Ciência propostos por Brossard e Lewenstein (2010). Acreditamos que o cruzamento dos resultados obtidos nos possibilitará uma análise aprofundada do discurso expositivo - informada por um entendimento do espaço e conteúdo textual - permitindo reconhecer suas possíveis influências no processo comunicacional, bem como identificar consonâncias e dissonâncias entre a proposta da instituição e o projeto executado, e, principalmente, entender qual é e como se constrói a representação de C&T na exposição.